Investigação de quadros sindrômicos suspeitos de Infecções Sexualmente Transmissíveis: Uso do Painel Molecular de ISTs para diagnóstico de cervicite
Paciente (sexo feminino, 37a) compareceu em consulta ginecológica de rotina, sem queixa específica relatada. Durante colposcopia (exame clínico que permite a visualização do interior da vagina e o colo do útero) a médica identificou a presença de quadro característico de cervicite.
Cervicite é o nome dado a uma inflamação do colo uterino, sendo identificada no exame clínico como irritação e vermelhidão do local. São quadros que podem causar sintomas inespecíficos como corrimento vaginal excessivo, sangramentos e dor durante a relação sexual, mas que também podem ser assintomáticos. Em casos prolongados, não devidamente tratados, as cervicites podem provocar infertilidade e doença inflamatória pélvica.
Quadros de cervicite aguda são causados, em sua maioria, por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), entre as quais destacam-se clamídia, gonorreia, micoplasmose e tricomoníase, como as mais prevalentes. Muitas vezes, por serem as causas mais comuns desse tipo de inflamação, os patógenos causadores dessas ISTs são os únicos pesquisados por exames laboratoriais em investigações clínicas.
Na situação em questão, o quadro observado pela médica era semelhante a outros identificados por ela anteriormente, que apresentaram resultado negativo para os patógenos mais comuns. Preocupada com o número de casos sem causa definida nas investigações mais restritas, a médica decidiu solicitar desta vez um dos painéis moleculares da TARGET, que permitem investigações mais completas e amplas das Infecções Sexualmente Transmissíveis a partir de uma única amostra.
A coleta de secreção endocervical da paciente com cervicite foi realizada em consultório pela médica responsável utilizando kit previamente fornecido pela TARGET. Após acionamento pela prescritora, a TARGET providenciou o transporte do material a ser analisado. No laboratório a amostra foi devidamente processada e e o laudo clínico foi liberado no prazo de 24 horas.
O resultado obtido indicou presença do Herpesvirus simplex 2 na amostra, permitindo o diagnóstico do agente causador e início de tratamento específico contra o ele. O uso do Painel Molecular Ampliado para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTPM02) permitiu a identificação rápida, precisa e específica de um vírus potencialmente tratável, que não teria sido descoberto em avaliações mais restritas, comumente realizadas.