A importância da medicina de precisão nos casos de câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata homens no Brasil, além de ser o segundo tipo mais comum da doença considerando ambos os sexos. 

A alta letalidade da doença, aliada à comum resistência dos homens em cuidar da própria saúde de forma preventiva, exige estratégias mais eficientes para seu enfrentamento. 

É nesse contexto que a medicina de precisão se mostra importante, pois utiliza testes genéticos para melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de próstata.

Neste artigo, você vai entender a importância da medicina de precisão nesse contexto, além de descobrir possibilidades para superar esse importante desafio para a saúde pública.

Acompanhe.

A próstata é uma pequena glândula do sistema reprodutor masculino, localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua principal função é produzir o sêmem, líquido que contém os espermatozoides.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Somente em 2022, foram cerca de 71.730 novos casos. A doença é a segunda que mais causa óbitos entre eles, tendo sido somente em 2021 mais de 16 mil mortes. 

O câncer de próstata é considerado um “tumor da terceira idade” já que aproximadamente 75% dos casos atingem homens acima dos 65 anos. Além da idade, outros fatores de risco importantes são histórico familiar (genética) e etnia, já que homens negros têm mais chance de desenvolver o problema.

Apesar de ter uma evolução silenciosa, o câncer de próstata pode causar sintomas como dor ao urinar, necessidade de urinar diversas vezes ao dia, jato de urina reduzido e presença de sangue na urina ou no sêmen. Em casos avançados, a doença também pode provocar dor óssea.

Diferentemente das mulheres, grande parte dos homens demonstra pouca preocupação com a própria saúde, em uma atitude que impacta negativamente a própria vida e a de familiares próximos.

Não sem motivo, a expectativa de vida masculina costuma ser menor que a das mulheres em diversos países. No Brasil, por exemplo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida da população masculina é de 73,6 anos, enquanto a das mulheres chega a 80,5 anos – uma diferença de praticamente 7 anos

Esses números podem ser influenciados por diversos fatores, como comportamento de risco, maior consumo de cigarro e de álcool, mas é possível supor que a resistência masculina de buscar cuidados médicos também colabore para isso.

Em muitos casos, a falta de prioridade para questões de saúde é causada por estigmas sociais, raízes culturais e até mesmo por uma percepção equivocada de masculinidade. Assim, a ideia arraigada de que procurar ajuda médica é uma demonstração de fraqueza muitas vezes impede que os homens reconheçam e tratem precocemente seus problemas de saúde, o que geralmente resulta em diagnósticos tardios e tratamentos com menor eficácia.

O primeiro passo para vencer a dificuldade masculina de cuidar da própria saúde é a conscientização, visando demonstrar que a busca por assistência médica não é um sinal de fraqueza, mas sim um ato de coragem e responsabilidade consigo mesmo e com os outros ao redor.

Essa conscientização inclui campanhas na mídia e em instituições de saúde. Essas campanhas não devem apenas informar sobre saúde, mas também enfrentar normas culturais que fazem os homens resistirem a procurar cuidados médicos. É crucial destacar a importância da prevenção, do autocuidado e de buscar ajuda profissional ativamente.

A detecção precoce é a maneira mais eficiente de vencer a batalha contra o câncer de próstata. E, para isso, os exames preventivos desempenham um papel muito importante, pois são capazes de identificar alterações na glândula mesmo sem a presença de sintomas aparentes. Dois métodos amplamente utilizados são o exame de sangue PSA e o toque retal.

O antígeno prostático específico (PSA em inglês) é uma proteína produzida pela próstata e liberada na corrente sanguínea. Com o teste, é possível identificar se os níveis de PSA estão elevados, o que pode indicar a presença de problemas na glândula, incluindo o câncer. O exame de sangue PSA é uma ferramenta essencial na triagem e no rastreamento de pacientes.

Já o toque retal, apesar de ser um exame fundamental para a avaliação da saúde da próstata, muitas vezes é evitado por conta do preconceito e de possíveis desconfortos. No entanto, esse exame permite aos médicos detectar alterações na textura, tamanho ou forma da próstata, e assim identificar possíveis áreas suspeitas que podem exigir investigação adicional.

Tanto o exame de sangue PSA quanto o exame de toque retal devem ser realizados por todos os homens a partir dos 50 anos, mesmo na ausência de sintomas. Para pacientes com fatores de risco, o rastreamento deve ser iniciado a partir dos 45 anos.

É importante ressaltar que os dois exames são complementares. Isso significa que a combinação desses procedimentos fornece uma avaliação mais abrangente, o que aumenta as chances de detecção precoce, intervenção eficaz e cura.

Além disso, outros exames podem ser utilizados – a critério médico – para a confirmação do diagnóstico, como ecografia da próstata, ressonância multiparamétrica da próstata, PET-CT e, em último caso, uma biópsia, que é a retirada de um fragmento da próstata para análise laboratorial.

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A medicina de precisão busca aprimorar prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças ao analisar indivíduos e estratificá-los em grupos conforme suas características clínicas e genéticas. Assim é possível concentrar ações preventivas e terapêuticas naqueles grupos que podem se beneficiar mais.

Essa vertente da medicina pode desempenhar papel crucial no combate ao câncer de próstata ao possibilitar a prevenção da doença utilizando testes genéticos. Esses testes conseguem avaliar a predisposição individual à doença, possibilitando acompanhamentos preventivos diferenciados e intervenções médicas antecipadas que contribuem para sua detecção precoce e, consequentemente, para uma maior chance de cura.

Utilizando estratégias diagnósticas da medicina de precisão é possível também realizar análises mais aprofundadas dos tumores de próstata, identificando suas características genéticas e moleculares. Assim é permitida a identificação de alvos terapêuticos específicos, que auxiliam os médicos na escolha de tratamentos mais assertivos. 

Essa abordagem individualizada evita que pacientes com características distintas recebam o mesmo tipo de cuidado. Com isso, a medicina de precisão não apenas melhora a eficácia da terapia utilizada, mas também diminui a frequência de seus efeitos colaterais, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento.


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