Doenças que podem ser prevenidas pelo leite materno
Bebê segurando a mão da mãe enquanto mama.

O leite materno é o primeiro e principal alimento que recém-nascidos precisam consumir para terem crescimento e desenvolvimento saudáveis. 

Por isso mesmo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que bebês de até 6 meses se alimentem exclusivamente por meio da amamentação, o que dispensa inclusive a oferta de água durante esse período (exceto em casos específicos sob recomendação expressa do médico pediatra).

Além de fornecer todos os nutrientes necessários para o pleno desenvolvimento da criança, o leite materno possui anticorpos que a protegem  contra diversas doenças, como  infecções e alergias.

Neste artigo, você vai entender a importância do aleitamento materno, quais doenças esse alimento pode prevenir e os principais cuidados que precisam ser tomados na amamentação. 

Acompanhe!

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Agosto Dourado: por que o aleitamento é tão importante?

O Agosto Dourado é uma campanha mundial de conscientização, promoção e incentivo ao aleitamento materno, que ocorre durante todo esse mês. A data começou a ser estabelecida em 1991, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) criaram a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, em inglês). 

O objetivo principal da campanha é incentivar e apoiar o aleitamento como um meio vital de melhorar a saúde e o bem-estar das mães e dos bebês. O termo “dourado” está relacionado ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

Além de aumentar o vínculo entre mãe e filho, amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida. 

Da mesma forma, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diversas doenças e contribui para o desenvolvimento cognitivo e da saúde bucal do bebê. Amamentar também contribui para a diminuição dos custos financeiros de pais e mães.

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Recomendações quanto ao leite materno

A amamentação é reconhecida como uma das formas mais eficazes de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para um crescimento e desenvolvimento saudáveis. Tanto a OMS quanto o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) recomendam que o aleitamento materno exclusivo seja realizado até os 6 meses de vida do bebê. 

Isso significa que até essa idade, a criança não precisa de qualquer outro tipo de alimento, como chás, sucos, outros tipos de leite, alimentos sólidos e até mesmo água.

Após os primeiros seis meses, o leite materno deve ser complementado com alimentos adequados para a idade – conforme orientação do pediatra – enquanto a amamentação deve continuar sendo oferecida até pelo menos os dois anos de idade, sempre que possível.

Também é importante que a mãe que amamenta siga algumas orientações e cuidados, que visam beneficiar tanto o bebê quanto ela mesma, como: 

✅ Manter uma alimentação equilibrada e saudável.

✅ Beber água regularmente ao longo do dia.

✅ Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, já que essas substâncias podem passar para o leite materno e afetar a saúde do bebê.

✅ Fazer uso de qualquer medicamento apenas com orientação médica, pois algumas substâncias podem chegar ao leite e ser prejudiciais para o bebê.

✅ Oferecer o peito sempre que o bebê demonstrar sinais de fome (livre demanda), o que ajuda a estabelecer uma produção de leite adequada.

✅ Cuidar da saúde mental e buscar apoio emocional quando necessário para falar abertamente sobre qualquer sentimento de estresse, ansiedade ou depressão, pois esses são fatores que podem afetar a produção de leite

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Doenças que podem ser prevenidas pelo leite materno

Além de oferecer os nutrientes mais importantes para crescimento e desenvolvimento adequado das crianças, o leite materno é capaz de protegê-las de diversas doenças, devido aos anticorpos que são passados da mãe para o bebê. Além disso, a amamentação também oferece benefícios preventivos para as mães

Aqui estão algumas das doenças e condições que podem ser prevenidas ou minimizadas pelo aleitamento materno:

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1. Infecções respiratórias

O leite materno contém uma variedade de anticorpos, incluindo imunoglobulinas do tipo IgA, que são eficazes na proteção das membranas mucosas do trato respiratório, além de células imunológicas ativas, como leucócitos, que são capazes de reconhecer e combater agentes infecciosos, ajudando a proteger o bebê contra infecções respiratórias, como pneumonia e bronquiolite.

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2. Infecções gastrointestinais

A amamentação ajuda a prevenir diarreias e infecções gastrointestinais que podem ser perigosas para a saúde do bebê. Isso porque o leite materno contém probióticos que ajudam a equilibrar a flora intestinal do bebê, assim como enzimas que auxiliam na digestão e absorção de nutrientes.

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3. Infecções de ouvido

Bebês amamentados têm menor incidência de otite média, uma infecção comum que pode causar desconforto e problemas de audição. Isso porque os anticorpos e células imunológicas presentes no leite materno fortalecem as defesas do bebê, protegendo o canal auditivo contra infecções bacterianas ou virais.

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4. Alergias

O aleitamento materno reduz o risco de alergias alimentares, entre outras, pois contém proteínas que ajudam na maturação do sistema imunológico do bebê e no estabelecimento de uma flora intestinal saudável.

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5. Obesidade

Manter o aleitamento materno como único alimento do bebê nos primeiros meses de vida pode estar associado a um menor risco de obesidade na infância e após. O leite materno contém nutrientes balanceados e hormônios que regulam o apetite e o metabolismo da criança. Além disso, ajuda a estabelecer a microbiota intestinal saudável, que influencia o armazenamento de gordura.

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6. Diabetes

O leite materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 1 e tipo 2, já que oferece componentes que ajudam a regular o metabolismo do açúcar e a resposta à insulina no bebê.

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Além disso, a amamentação também traz benefícios importantes para a mãe, reduzindo a incidência de câncer de mama, ovários e endométrio, e aumentando a proteção contra doenças cardiovasculares e osteoporose. 

O aleitamento ainda estimula a liberação de ocitocina, o que ajuda a reduzir o risco de hemorragia pós parto e acelera a perda do peso eventualmente adquirido durante a gestação.

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Doenças infecciosas: cuidados necessários na amamentação

Embora a amamentação seja altamente benéfica para a saúde, existem algumas doenças infecciosas que podem ser transmitidas da mãe para o bebê através do leite materno. 

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💡É importante lembrar que essas transmissões são relativamente raras e, na grande maioria dos casos, os benefícios do aleitamento superam os riscos. Por isso, a prática não deve ser interrompida, salvo em pouquíssimas exceções.

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Algumas doenças que podem ser transmitidas pela mãe ao bebê, através do leite materno incluem:

HIV: o vírus da imunodeficiência humana pode ser transmitido da mãe para o bebê de modo vertical, ou seja, na gestação, parto ou através do leite materno. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que mães infectadas pelo HIV não amamentem.

✅ Hepatite B: a transmissão da hepatite B para o bebê, através do leite materno, é possível, embora ocorra em raros casos. Recomenda-se que bebês de mães com hepatite B sejam imediatamente vacinados com a primeira dose do esquema para HBV e recebam imunoglobulina humana anti-hepatite B, visando prevenir a infecção.

Sífilis: a sífilis não é transmitida pelo leite materno. No entanto, a infecção pode ser passada para o bebê, caso haja lesões na aréola ou mamilos. Por isso, é recomendado a interrupção do aleitamento até a cicatrização dessas lesões, se houver.

✅ Tuberculose: a tuberculose também não é transmitida diretamente através do leite materno, mas, para a amamentação adequada, a mãe acometida deve ser tratada por duas ou mais semanas, antes do nascimento do bebê.

Herpes Simples tipos 1 e 2: se a mãe possui lesões ativas de herpes simples nos seios ou mamilos, o vírus pode ser transmitido ao bebê durante a amamentação. Por isso, é recomendado interromper temporariamente o aleitamento, até que as lesões se curem. 

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Algumas precauções podem ser necessárias para minimizar o risco de adquirir (e transmitir) doenças infecciosas durante a gestação e durante a amamentação, protegendo mãe e bebê.  Entre os possíveis cuidados  estão as vacinas recomendadas para as gestantes:

Influenza Quadrivalente: Gestantes são consideradas grupo de alto risco para complicações graves causadas pelo vírus da gripe, sendo recomendada sua vacinação prioritariamente, preferencialmente com a vacina quadrivalente (que oferece proteção mais ampla contra a doença).

Tríplice Bacteriana Acelular do tipo Adulto (dTpa): Recomenda-se a administração da vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação, garantindo que o bebê já nasça protegido com os anticorpos contra a difteria, o tétano e a coqueluche. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda ainda que todos os adultos que irão conviver com o bebê também recebam a vacina. 

Hepatite B: Gestantes não vacinadas devem receber de forma prioritária o esquema completo de doses contra a hepatite B durante a gravidez. Para diminuir o risco de hepatite crônica (que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascimento), é recomendada ainda a vacinação de todos os recém-nascidos entre 12 e 24 horas após o parto.

É importante lembrar que, mesmo com a pequena possibilidade de transmissão de algumas doenças infecciosas, os inúmeros benefícios do aleitamento materno superam os riscos. 

É fundamental que as mães discutam suas condições de saúde com um médico para receber orientações específicas e personalizadas sobre como prosseguir com a amamentação.

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