A Clostridioides difficile é uma bactéria gram-positiva produtora de esporos que é transmitida pela via fecal-oral de pessoa pra pessoa, ou adquirida pelo contato com ambiente contaminado. Comensal da microbiota intestinal humana de 5-15% dos adultos saudáveis (infecção assintomática), quando capaz de produzir toxinas e em condições intestinais favoráveis à sua colonização, este patógeno causa quadro infeccioso com sintomatologia que varia de diarreia aguda aquosa leve (que pode evoluir com dor e distensão abdominal, febre e desidratação) até manifestações mais graves, como a colite pseudomembranosa, o megacólon tóxico e a colite fulminante.
Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano, todos os anos cerca de 500 mil casos de infecção por C. difficile ocorrem nos EUA, causando mais de 29 mil mortes (5-10% de mortalidade associada). Trata-se de uma infecção especialmente comum após o uso de antibióticos, sendo estimado que 15-20% dos pacientes com diarreia associada ao uso de antimicrobianos apresentam infecção ativa por C. difficile toxigênica (produtora das toxinas A e/ou B e/ou binária). Isso porque esses medicamentos alteram a microbiota normal e causam desequilíbrio das condições intestinais, o que favorece a proliferação dessa bactéria oportunista.
Em ambientes hospitalares a C. difficile possui ainda maior relevância, sendo a Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) mais frequente em muitas instituições. Estima-se que aproximadamente 30% dos quadros de diarreia em pacientes internados estão associados à infecção por esse patógeno. Nesse contexto, o próprio ambiente hospitalar pode ser importante fonte de aquisição de cepas colonizadoras de C. difficile: pacientes internados possuem grande probabilidade de uso de antimicrobianos ao longo de sua estadia no hospital (o que aumenta sua susceptibilidade a esse patógeno) e, além disso, essa bactéria possui alto potencial de contaminação ambiental.
Esporos de C. difficile são resistentes aos principais produtos de desinfecção utilizados em hospitais (álcool e desinfetantes hospitalares), podendo permanecer infecciosos em superfícies por meses. Por isso é recomendado que todos os pacientes hospitalizados que apresentem quadro de diarreia sejam testados para infecção por C. difficile e mantidos sob precaução de contato (isolados), até que seja descartada a presença dessa bactéria. Quando confirmado, o diagnóstico adequado e precoce desta infecção guia as medidas terapêuticas e de contenção utilizadas, permitindo a adoção do tratamento correto, o controle efetivo da disseminação no ambiente nosocomial, a redução da mortalidade associada, além da diminuição do tempo de internação e dos custos do tratamento.
A TARGET oferece como solução para esses casos o PCR Qualitativo para Clostridioides difficile Toxigênico, que utiliza o sistema Genexpert® para detecção da infecção por esse patógeno. Com resultado liberado em até 24h, esse exame permite a confirmação ou exclusão do diagnóstico de forma confiável, precisa e mais rápida do que os métodos baseados em cultura toxigênica, que comumente levam de 3 a 5 dias para obtenção do resultado.
Patógeno pesquisado: Clostridioides difficile toxigênico
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Instruções de Coleta e Preparo para o Paciente
Fezes: Colher as fezes diarreicas (não-sólidas) evacuadas diretamente no frasco grande de coleta para amostras fecais (com tampa de rosca e sem conservante), tomando os cuidados necessários para não contaminar o material com urina. O volume mínimo necessário é de 5 g, ou 2 mL. Após coleta, fechar bem o frasco e acondicioná-lo em um saco plástico. Destinar a amostra ao laboratório imediatamente após a coleta. Caso não seja possível, armazenar imediatamente o material bem acondicionado em condição refrigerada e transportá-lo ao laboratório resfriado em até 24 horas.
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