A toxoplasmose é a infecção causada pelo protozoário intracelular Toxoplasma gondii. É estimado que ⅓ da população brasileira conviva com esse parasita, a maior parte de forma assintomática. Possui um ciclo de vida bifásico, em que os hospedeiros definitivos (nos quais realizam reprodução sexuada) são os felinos, e os intermediários são outros animais e humanos (nos quais realizam reprodução assexuada). Dependendo do hospedeiro e da fase reprodutiva, ele pode apresentar três formas infectantes para os seres humanos:
-Esporozoítos: presentes nos oocistos (“ovos”) liberados nas fezes dos felinos.
-Taquizoítos: é a forma diferenciada dos esporozoítos após penetrarem no epitélio intestinal dos hospedeiros intermediários. É a forma de reprodução rápida, sendo detectada na fase aguda da infecção.
-Bradizoítos: forma presente nos cistos. Encontrados principalmente nos tecidos neurais, como cérebro e retina, bem como nos musculares, como coração e músculos esqueléticos. É a forma de reprodução lenta, sendo detectada na fase crônica da infecção.
Em suma, o ser humano pode ser infectado de quatro maneiras: a via fecal-oral, que é a forma pela qual oocistos (esporozoítos) são adquiridos, principalmente por ingestão de vegetais contaminados; o consumo de carne contaminada, principalmente de suínos e caprinos, que podem conter os cistos (bradizoítos); transmissão vertical de taquizoítos de uma mãe infectada para o feto e transplante de órgãos com doador contaminado.
Os sintomas da infecção por T.gondii são muito variáveis. A maioria das pessoas é assintomática ou apresenta quadros leves na fase aguda, mas que cessam depois de semanas ou meses. Já em indivíduos imunocomprometidos a situação é diferente. Nos pacientes com AIDS é a maior causa de óbitos. Em gestantes é também de grande importância, porque a infecção adquirida durante a gravidez tem grande chance de ser transmitida ao feto, e a doença congênita é mais grave se ocorrer nos estágios iniciais da gestação, podendo causar abortos ou danos neurológicos.
Os exames sorológicos têm sido utilizados por muitos anos para tentar identificar o estágio da infecção, porém sua interpretação é muito complexa, pois anticorpos IgM (que poderiam indicar uma infecção recente) podem permanecer por meses ou anos após a contaminação. O padrão ouro para diagnosticar a toxoplasmose são os testes biomoleculares. Além de ser um método de alta especificidade e sensibilidade, o PCR em tempo real permite detectar diretamente o DNA do T.gondii em amostras específicas do paciente, permitindo o melhor entendimento da localização da infecção e do prognóstico da doença. A TARGET oferece o exame de PCR em tempo real qualitativo para detecção do Toxoplasma gondii.
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