O vírus Epstein-Barr (Epstein-Barr virus, EBV) faz parte do grande grupo dos herpesvírus humanos, correspondendo ao herpesvirus 4. Dessa forma possui material genético formado por DNA dupla-hélice. Estima-se que esteja presente em cerca de 90 a 95% da população mundial adulta e 40% da infantil. Grande parte das infecções primárias ocorrem na adolescência e em jovens adultos, principalmente por contatos com secreções como saliva e pelo contato sexual. Menos frequentemente a infecção se dá por sangue contaminado ou transplante de órgãos.
O EBV tem o potencial de infectar um grande espectro de células, mas as mais relevantes são as células epiteliais e os linfócitos B. Em condições normais ele estabelece no organismo uma infecção assintomática e latente. A seroconversão (produção de anticorpos específicos e seu aparecimento no sangue) ocorre poucos dias após o contato com o vírus, sendo responsável pelo controle inicial da infecção. É comum que em certas fases da vida, principalmente na adolescência, o vírus possa se evadir do sistema imunológico e se manifestar através de uma doença conhecida como mononucleose infecciosa. Ela costuma ser branda, causando fadiga, linfadenopatia, febre e faringite.
O maior problema do vírus Epstein-Barr é a possibilidade de formação de neoplasias e doenças neurológicas. Embora tumores malignos ocorra na minoria das pessoas, o EBV é um dos vírus com maior potencial de induzir transformação e crescimento celular, principalmente de linfócitos B e células epiteliais, alterando sua morfologia e inibindo a apoptose (morte celular programada). Tem, portanto, uma forte relação com os cânceres do sistema linfático e de cabeça e pescoço. Quanto às desordens neurológicas, o EBV foi descrito como capaz de se multiplicar no sistema nervoso central e romper a integridade da barreira hematoencefálica (uma membrana que regula a passagem de substâncias e moléculas para o sistema nervoso). Muitos trabalhos o relacionam com a ocorrência de esclerose múltipla, pois células do sistema imunológico (como linfócitos T) que são específicas para reagirem ao vírus, podem acabar reagindo com a bainha de mielina e causando morte de neurônios. O vírus Epstein-Barr também é ligado às doenças de Parkinson e Alzheimer.
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