Os avanços da ciência e da tecnologia, que tanto contribuem para melhorar e facilitar a vida das pessoas, também têm feito cada vez mais diferença na área da saúde. E a Medicina de Precisão é uma das grandes demonstrações disso.
Os exames realizados nessa área permitem uma avaliação extremamente individualizada que, por meio de testes genéticos, permite identificar a presença de variações que aumentam a probabilidade de certas características ou doenças.
Nesse mesmo sentido, o uso de exames avançados para o diagnóstico de doenças infecciosas (principalmente aqueles que utilizam a biologia molecular) tem possibilitado a identificação precisa de agentes patogênicos associados ao quadro de cada paciente. Isso garante aos profissionais de saúde maior clareza e direção sobre qual tratamento adotar.
Neste artigo, você vai saber mais sobre a Medicina de Precisão e como essa vertente é importante para o diagnóstico e a prevenção de doenças. Acompanhe!
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O que é Medicina de Precisão?
“Medicina de Precisão” é o termo que tem substituído a expressão “Medicina Personalizada”. Enquanto esta é uma vertente médica que busca individualizar o diagnóstico, prevenção e tratamento de diferentes doenças por meio da análise genética de indivíduos e de microrganismos patogênicos, a Medicina de Precisão é ainda mais abrangente, porque adiciona a esse contexto a estratificação dos indivíduos em grupos com susceptibilidades diferentes a determinadas doenças, concentrando as ações de prevenção e intervenção naqueles que podem ser beneficiados.
Sua base está nas técnicas de Biologia Molecular, que funcionam coletando informações genéticas de pacientes e/ou de patógenos, a fim de identificar características que apontem para o esclarecimento mais preciso de doenças.
Dessa forma, diferentemente do que costuma ser visto na medicina convencional, que utiliza fatores padronizados e amplos para identificar, tratar e prevenir doenças – aumentando as chances de tratamentos ineficazes – as técnicas usadas na Medicina de Precisão permitem abordar de forma individual tanto o tratamento quanto a prevenção dessas patologias.
Essa abordagem médica se baseia na identificação precisa, segura e rápida de possíveis causas para doenças de difícil diagnóstico e apoia a personalização das condutas médicas. Essa personalização faz com que tratamentos e métodos de prevenção sejam mais assertivos e pensados exclusivamente para cada paciente ou grupo de pessoas que compartilhem das mesmas variáveis genéticas e ambientais
Duas outras vantagens da Medicina de Precisão vêm de sua capacidade de predição, ou seja, de prever o risco individual de desenvolvimento de certas enfermidades (como o câncer, doenças neurodegenerativas e condições genéticas raras) e também a humanização, já que o acompanhamento médico nessa abordagem se dá de uma forma mais próxima e atenta aos detalhes únicos do organismo de cada pessoa. Assim, o foco passa a ser no paciente.
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A importância da Medicina de Precisão no diagnóstico de doenças
Tanto para pacientes já em tratamento para alguma doença quanto aqueles em fase de investigação e diagnóstico, a Medicina de Precisão se apresenta como uma alternativa extremamente interessante. Pelas formas convencionais, diferentes pacientes, com condições de saúde semelhantes, recebem praticamente os mesmos tratamentos, apesar de responderem aos procedimentos de formas diferentes.
Como exemplo podemos pensar em uma situação em que dois pacientes com diagnóstico de câncer de estômago e mesmo grau de estadiamento recebem exatamente o mesmo protocolo de tratamento. Porém, enquanto um deles tem uma resposta positiva, para o outro o tratamento não atinge a mesma eficácia. O que ocorre é que as diferenças genéticas entre os pacientes podem ser a explicação para respostas tão diferentes, assim como diferenças em seu estilo de vida e condições ambientais.
A Medicina de Precisão considera essas condições e especificidades individuais e busca entender o impacto das características genéticas de uma pessoa, assim como compreender como elas contribuem para o desenvolvimentos de condições patológicas e utiliza essas informações para traçar estratégias de rastreamento e tratamento individualizados, que terão maior eficácia e menos efeitos colaterais para cada pessoa.
A Medicina de Precisão também pode envolver o diagnóstico de doenças infecciosas. Provocadas por microrganismos como vírus, bactérias, fungos ou protozoários, algumas dessas doenças podem ser potencialmente graves, a exemplo das meningites, que se não diagnosticadas e tratadas rapidamente são capazes de causar sérias sequelas ou mesmo levar a óbito.
Nesse sentido, utilizar ferramentas que permitam distinguir com clareza e especificidade qual o patógeno causador da doença e utilizar essa informação para determinar o tratamento com maior rapidez e assertividade também é praticar Medicina de Precisão.
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Como a Medicina de Precisão ajuda a prevenir doenças?
A Medicina de Precisão também possui importância na prevenção de doenças já que permite prever as tendências genéticas que o paciente apresenta para o desenvolvimento de certas condições de saúde. Através da análise do DNA, coletado por uma amostra de sangue ou saliva, genes preditivos de diversas patologias podem ser identificados, antes mesmo que elas se manifestem no organismo. Essas informações são fundamentais para que médicos possam adotar medidas específicas a fim de evitar que o problema se desenvolva.
Um exemplo da aplicação da Medicina de Precisão como ferramenta preditiva é a descoberta de uma alteração genética que indica maior risco de desenvolvimento do câncer de mama em uma mulher. Esses dados permitem que o clínico adote uma conduta personalizada e um acompanhamento preventivo diferente do que seria utilizado na população em geral. Mas, não é apenas em casos de câncer que essa abordagem médica pode ser implementada. A Medicina de Precisão também é capaz de atuar na prevenção de doenças crônicas e degenerativas. A partir de análises do DNA de cada indivíduo, é possível identificar alterações genéticas que no futuro podem aumentar o risco de desenvolver doenças como diabetes e trombose, por exemplo.
Da mesma forma, os riscos e predisposições dos pacientes para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson (que atingem com mais frequência a população idosa), também podem ser identificados mais precocemente e orientar a adoção de cuidados e mudanças no estilo de vida que favoreçam a prevenção.
Todos esses dados contribuem para que médicos e pacientes, em conjunto, possam encontrar medidas preventivas que diminuam o risco do surgimento de doenças crônicas e degenerativas, como mudanças nos hábitos alimentares e a prática de certas atividades físicas, sempre com foco naquilo que a pessoa necessita individualmente.
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