Painel molecular respiratório: o que é e qual sua importância
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Os painéis moleculares respiratórios são ferramentas de diagnóstico que utilizam técnicas de Biologia Molecular para identificar com precisão e agilidade patógenos causadores de doenças respiratórias.

Essas enfermidades geralmente são causadas por vírus, bactérias ou fungos e podem ocasionar a obstrução das vias aéreas e provocar dificuldades para respirar. Algumas delas, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave, podem deixar sequelas e até levar a óbito.

Neste artigo, vamos entender o que é e qual a importância dos painéis moleculares respiratórios.

Acompanhe!

Afinal, o que são doenças respiratórias?

Doenças respiratórias são, como o termo sugere, enfermidades que afetam os diferentes órgãos e estruturas que compõem o sistema respiratório, como as vias nasais, traqueia, faringe, laringe, brônquios e pulmões, causando irritações e inflamações que podem ocasionar a obstrução da passagem de ar e provocar dificuldades para respirar.

Essas doenças podem ser causadas por fatores internos ou externos:

  • Fatores internos: referem-se às condições do próprio indivíduo, principalmente as alergias, em que os sintomas tão incômodos (e em alguns casos muito graves) são causados pela resposta imunológica desregulada contra agentes a princípio inofensivos, os alérgenos. Exemplos são as tosses, espirros ou falta de ar que muitas pessoas têm ao se expor a mofo, poeira ou mesmo animais de estimação.
  • Fatores externos: são causados por condições às quais a pessoa se expõe. Poluição do ar, tempo seco, uso de produtos químicos e hábitos danosos, como o tabagismo, causam efeitos negativos no sistema respiratório. Já as infecções são as maiores causas de doenças respiratórias graves, sendo a quarta causa mundial de mortes em adultos. São causadas por vírus, bactérias e fungos. As doenças respiratórias podem ser classificadas como agudas ou crônicas. As agudas se desenvolvem de forma mais rápida e costumam durar menos tempo, porém em muitos casos se agravam e podem levar ao óbito. As crônicas têm início gradual,  maior duração e necessidade de tratamento mais longo. Impactam o indivíduo por meses, anos ou ao longo da vida, e também causam mortes

Alguns exemplos de doenças respiratórias crônicas são:

  • Rinite: Inflamação das mucosas nasais, que pode provocar sintomas como coriza, espirros, tosse seca, coceira no nariz e dores de cabeça. A mais comum e que tem caráter crônico é a alérgica. 
  • Asma: Inflamação no interior dos pulmões, que causa obstrução das vias aéreas e dificulta a respiração. Os principais sintomas são falta de ar, fadiga e tosse com catarro. Tem relação com fatores genéticos, sendo relacionada ao histórico familiar de asma, rinite e obesidade; e fatores ambientais, como exposição a alérgenos e tabagismo.  
  • DPOC: As doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como o enfisema e a bronquite, causam obstrução das vias aéreas e dificuldade para respirar. O fumo contribui com 80% dos casos da doença. Para impedir o declínio progressivo da função respiratória recomenda-se manter em dia a vacinação contra a Gripe (Influenza), Pneumococo (Pneumonia) e Covid-19.
  • Sinusite: Ocorre quando o muco obstrui as cavidades ósseas da face, causando tosse, dor de garganta, dor no rosto e entupimento do nariz. Pode ser causada por infecções, poluição do ar, alergias ou condições anatômicas das vias aéreas superiores. É considerada crônica quando dura mais de três meses. 
  • Tuberculose: Doença contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode afetar outros órgãos como rins, coração e até ossos, nos indivíduos imunossuprimidos. Febre, perda de peso, falta de ar e tosse com sangue são alguns dos sintomas. Nos casos da doença ativa, se não for tratada pode ocasionar mortes em metade das pessoas.

Já as principais doenças respiratórias agudas são:

  • Gripe: Causada pelo vírus Influenza, costuma durar de 7 a 10 dias. Seus principais sintomas incluem tosse, coriza, dor de cabeça e febre. Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade. 
  • Pneumonia: Infecção provocada por vírus, bactérias ou fungos, que atinge os alvéolos pulmonares. Os sintomas mais comuns são falta de ar, febre alta, calafrios e tosse. Pode ser resultado da evolução de outras doenças, como a gripe. É uma das principais causas de morte em todas as faixas etárias. Bronquite: Inflamação dos brônquios, com sintomas semelhantes aos da gripe. Caracterizada pela presença de muco nos pulmões e pela tosse. A maior parte é causada por consequência de infecções virais por Influenza, rinovírus, adenovírus e coronavírus, e a menor parte por bactérias como Chlamydia pneumoniae, Bordetella pertussis e Mycoplasma pneumoniae.  
  • Amigdalite, faringite e laringite: inflamação em estruturas que se localizam na parte de trás da boca (amígdalas),  na região da garganta (faringe) e das cordas vocais (laringe). São causadas principalmente por vírus e bactérias, e em alguns casos por fatores ambientais, como tabagismo e uso excessivo da voz.  Causam febre, dores de garganta, dificuldade ao engolir e rouquidão, dependendo da região do acometimento. 

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)

Como vimos, as doenças respiratórias possuem origens, causas e sintomas diferentes. No entanto, alguns quadros respiratórios podem ser ainda mais sérios. É o caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Segundo a Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais, a SRAG é desencadeada por lesão nos alvéolos – pequenas bolsas localizadas dentro dos pulmões, onde ocorre a troca gasosa que oxigena o sangue. 

Essas lesões levam a inflamação e acúmulo de líquido no pulmão, o que reduz a oxigenação do sangue e a expansão dos pulmões ao respirar, além de aumentar a pressão dos vasos sanguíneos pulmonares.

Para identificar a SRAG, o paciente deve apresentar pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, tosse, coriza, dor de garganta e problemas no olfato ou paladar. Além disso, outros sintomas combinados são: 

  • Dificuldade ou desconforto para respirar;
  • Sensação de peso ou pressão no peito;
  • Saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95%;
  • Rosto ou lábios azuis ou arroxeados.

A pessoa que apresenta sintomas de SRAG deve ser levada ao pronto-socorro imediatamente, para tratamento de emergência (que inclui a suplementação de oxigênio e, dependendo da gravidade do caso, intubação) e realização de exames para identificar a origem da inflamação.

Painel molecular respiratório: o que é e porque é importante

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil vêm aumentando ano a ano. Dados divulgados em abril de 2023 pelo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz, apontam que desde o início do ano já foram registrados mais de 2600 óbitos por SRAG no país.

Assim como outras doenças respiratórias, a SRAG pode ser causada por vários microorganismos, como fungos, bactérias, vírus influenza, coronavírus, vírus sincicial respiratório (RSV), parainfluenza, adenovírus, entre outros.

📌Por isso, é fundamental identificar o agente causador da síndrome com agilidade, a fim de diferenciar o microorganismo presente no paciente e iniciar o tratamento de forma assertiva, até mesmo pelo risco de hospitalização que a doença oferece, com alto potencial de evolução para quadros mais graves, podendo deixar sequelas permanentes e até levar ao óbito.

Importância dos painéis moleculares 

O painel molecular é uma ferramenta de diagnóstico utilizado pela Biologia Molecular para a análise simultânea de vários alvos, que podem estar relacionados a um conjunto de sintomas ou tipo de doença, aumentando as chances de se alcançar um diagnóstico definitivo utilizando um só exame.

Por meio de múltiplas técnicas de análise do material genético presente em uma amostra coletada do paciente, é possível investigar doenças genéticas e infecciosas. De maneira geral, quando se fala em painel molecular a técnica utilizada é a PCR em tempo real

Como quadros respiratórios são de difícil diferenciação clínica, já que sintomas como tosse, coriza, febre, congestão nasal e dor de garganta são comumente associados a infecções por diversos tipos de microorganismos, os painéis moleculares são ferramentas extremamente úteis, pois cobrem os principais patógenos ligados a esses tipos de doença e permitem identificar o agente causador, contribuindo para a adoção da conduta terapêutica mais adequada a cada caso.

Vantagens do painel molecular respiratório

Os painéis moleculares respiratórios trazem diversos benefícios para a investigação, diagnóstico e tratamento das doenças respiratórias. Entre as principais vantagens,  podemos citar:

  • Menor volume de amostra necessário: Os painéis moleculares permitem a realização de vários testes a partir de uma única amostra, minimizando a quantidade de material coletado do paciente necessário para o exame. 
  • Ampla cobertura de alvos, sem múltiplos testes específicos: Os painéis moleculares também evitam a necessidade de realizar diversos tipos de exames isolados para investigação completa de todas as possibilidades que se encaixam na suspeita clínica.
  • Menor tempo para o resultado: O tempo de processamento para um painel molecular costuma ser bastante reduzido. Essa agilidade ajuda o médico a definir de forma mais assertiva a conduta adotada, aumenta as chances de sucesso do tratamento escolhido, reduz gastos desnecessários com internações, medicações e outras intervenções e, por consequência, melhora a experiência vivida pelo paciente.

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Revisão: v2 (31/05/2022)