A dengue é uma doença viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que causa febre alta, dores no corpo e articulações e pode evoluir para casos graves, inclusive com risco à vida.
A forma mais eficaz de prevenção ou redução dos riscos relacionados à dengue é a vacinação. No Brasil, duas versões de vacinas estão disponíveis no mercado: Dengvaxia e Qdenga, sendo que esta última traz algumas vantagens em relação à primeira.
Neste artigo, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre a vacina da dengue, os riscos da doença e como se manter protegido.
Acompanhe!
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Por que a dengue é tão perigosa?
Um relatório divulgado em julho de 2023, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), demonstrou preocupação com o grande aumento do número de casos de dengue registrado nas Américas nesse ano: 3 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença nos seis primeiros meses de 2023, ultrapassando a marca dos 12 meses de 2022 (com 2,8 milhões de casos).
O Brasil foi responsável por quase 80% das notificações, com mais de 2,3 milhões casos de dengue confirmados. Nesse mesmo período, foram registrados 769 óbitos decorrentes da doença.
Isso representa um aumento de mais de 1 milhão de casos nos país, em comparação com os números apresentados em 2022, segundo Boletim Epidemiológico divulgado em novembro.
Esses dados reforçam a importância dos cuidados preventivos relacionados à dengue.
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>>> Saiba mais – Vacinas que você pode evitar simplesmente se vacinando!
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Afinal, o que é a dengue?
A dengue é uma doença infecciosa causada por vírus e transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio, a doença atinge todas as faixas etárias, mas idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evolução para casos graves e complicações.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos distintos, chamados de DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Quando uma pessoa é infectada por qualquer um desses tipos, ela fica imune a essa versão específica, porém, não fica protegida contra os outros três tipos virais.
Sabe-se que uma segunda infecção pelo vírus da dengue (normalmente outro sorotipo viral) aumenta a possibilidade de que a pessoa desenvolva a versão mais grave da doença, que pode cursar com sangramentos, diminuição de pressão arterial, insuficiência de órgãos e até ser fatal.
Essa forma da doença, que antes era denominada de “dengue hemorrágica”, é chamada hoje de dengue grave.
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Sintomas da dengue
A dengue é caracterizada como uma doença febril, por isso, seu sintoma mais comum é a febre alta, geralmente acima dos 38,5 ºC. Além disso, a pessoa também apresenta dor no corpo e nas articulações, que normalmente surgem de 4 a 7 dias após a picada do mosquito.
Como os sintomas da dengue podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças virais, como a gripe, muitas vezes ela não é devidamente diagnosticada.
Veja abaixo os principais sintomas da dengue:
- ✅ Febre alta, acima dos 38,5ºC;
- ✅ Dores musculares intensas;
- ✅ Dor nas articulações;
- ✅ Dor no fundo dos olhos;
- ✅ Falta de apetite;
- ✅ Dor de cabeça;
- ✅ Mal-estar;
- ✅ Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.
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Na maioria das vezes, a pessoa infectada pelo vírus da dengue apresenta esses sintomas por até dez dias, ainda que a fraqueza e o mal-estar possam perdurar por mais semanas. Sintomas como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos persistentes e sangramentos são considerados sinais de alarme para o início de quadros graves, sendo importante procurar ajuda médica o mais rápido possível.
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>>> Veja também – Diagnóstico diferencial de dengue, zika e chikungunya
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Tire suas dúvidas sobre a vacina da dengue (Qdenga)
Atualmente a forma de prevenção mais eficaz contra os riscos oferecidos pelo vírus da dengue é a vacinação, sendo o imunizante Qdenga a versão mais moderna e eficaz.
Licenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Qdenga é uma vacina tetravalente, que protege contra os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e foi desenvolvida pela empresa japonesa Takeda Pharma
Abaixo, vamos responder as principais dúvidas sobre a Qdenga:
1. Qual as diferenças entre a Qdenga e outras vacinas para dengue?
A vacina Qdenga é o único imunizante contra a dengue capaz de proteger quem nunca foi contaminado pelo vírus. Essa é a sua principal diferença em relação à vacina Dengvaxia, por exemplo, que é recomendada apenas a quem já foi acometido pela doença.
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2. Como essa vacina funciona?
A Qdenga é feita com vírus recombinantes atenuados e, dessa forma, a vacina interage com o sistema imunológico a fim de gerar uma resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural. No entanto, isso é feito sem provocar a doença ou colocar a pessoa vacinada em risco. Assim, a imunidade contra a dengue é criada de maneira segura.
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3. Quem se vacina ainda pode pegar dengue?
Segundo a fabricante e os testes realizados pela Anvisa, a eficácia geral da Qdenga é superior a 80% a partir de 30 dias do esquema de 2 doses (evitando a doença por qualquer um dos quatro sorotipos virais). Além disso, a vacina é capaz de prevenir mais de 90% de complicações clínicas e hospitalizações causadas pela dengue.
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4. Quem pode tomar a vacina da dengue?
A vacina da dengue é indicada para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem exposição prévia conhecida aos quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue.
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5. E quem não pode?
Por ser feita com vírus atenuado, a vacina da dengue não é recomendada para pacientes imunodeprimidos, gestantes e mulheres que estejam amamentando, além de pessoas com alergia a componentes ou doses anteriores da Qdenga.
Se a pessoa estiver com febre no dia da aplicação, é preciso aguardar até a completa recuperação.
No mesmo sentido, a vacina Qdenga não deve ser administrada junto com outros imunizantes, sendo necessário esperar de 28 a 30 dias entre as aplicações. As únicas exceções são as vacinas da febre amarela e hepatite A, que podem ser aplicadas junto com a da dengue.
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6. Quanto tempo dura o efeito da vacina?
Após cumprir seu esquema vacinal de duas doses, com intervalo de 3 meses entre as aplicações, a Qdenga não necessita de reforço ao longo da vida, segundo estudos realizados até o momento.
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Além da vacina, o que mais posso fazer?
Apesar de toda a eficácia que a vacina Qdenga oferece para quem a tomar, ainda assim continuam sendo importantes os cuidados coletivos para evitar a proliferação do mosquito transmissor, principalmente como forma de proteção para quem não foi vacinado.
Dessa forma, a dica mais importante para se prevenir da dengue, além da vacina, é a eliminação dos focos de água parada. Assim, é fundamental se atentar a objetos que possam acumular água em locais abertos, como garrafas, copos plásticos, latas abertas, tampas de garrafa, pneus e vasos de planta, sempre deixando-os virados para baixo. Além disso, piscinas abertas e caixas d’água devem ser tampadas.
Outra medida eficaz, que pode ser tomada para a prevenção da dengue, é o uso de repelente nas partes do corpo que costumam ficar expostas, como braços e pernas, quando estiver em locais com a presença de mosquitos.
Em casos onde há foco de dengue em local próximo ou em situações de epidemia, é recomendado utilizar roupas que cubram o corpo, como camisetas de manga comprida e calças.
O uso de telas em portas e janelas, assim como mosquiteiros nos berços e camas, também são formas eficientes de prevenção.
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