O que é onco-hematologia?

Fita de DNA no sangue

A onco-hematologia é a área que combina conhecimentos da oncologia e da hematologia para lidar com  os tumores relacionados ao sangue, como nos casos de pacientes com leucemias, linfomas, mielomas, entre outras neoplasias hematológicas. Com técnicas, exames e medicamentos cada vez mais sofisticados, a área de onco-hematologia tem sido capaz de oferecer diagnósticos cada vez mais precisos e estabelecer planos de tratamento individualizados e consequentemente mais eficientes.

Veja, a seguir, o que é a onco-hematologia, sua importância, e como essa área se relaciona com a medicina de precisão.

Boa leitura!

O que é a onco-hematologia e qual sua importância?

A onco-hematologia é uma especialidade médica que busca diagnosticar e tratar quadros de câncer que afetam as células hematopoiéticas, que dão origem às células do sangue e sistema imune. 

Por ser uma área bastante complexa, a onco-hematologia atua em conjunto com outras especialidades médicas, para oferecer ao paciente diagnósticos mais precisos e consequentemente uma alternativa de tratamento personalizada e específica para cada caso. 

Especialidades como a oncologia – que trata dos cânceres em geral – e a hematologia – que cuida das alterações não cancerígenas que afetam o sangue – podem dar suporte à onco-hematologia.

Por afetarem o sangue, os cânceres hematológicos também são conhecidos como “tumores lìquidos” e, por mais que não estejam entre as doenças mais conhecidas pelas pessoas, afetam – e tiram a vida – de muitas pessoas todos os anos.

Um dos principais exemplos é a leucemia que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atingiu em 2022 cerca de 11.540 pessoas, sendo 6.250 homens e 5.290 mulheres. 

Veja também – Como a medicina de precisão está revolucionando o tratamento de doenças

Quais doenças a onco-hematologia trata?

As principais doenças que afetam o sangue e os gânglios, e são tratadas pela onco-hematologia, são:

1. Leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que afeta células do sistema imune, os leucócitos ou glóbulos brancos e tem início na medula óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas. 

A doença ocorre quando uma célula, que ainda não atingiu a maturidade, sofre mutação genética e “adoece”, se transformando em uma célula cancerosa, com rápida multiplicação. Assim, elas vão substituindo as células saudáveis.

Os quatro principais tipos de leucemia são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). A diferença entre elas são as células afetadas (linfoide ou mieloide) e a velocidade de progressão da doença (aguda ou crônica), além do grau de maturidade que a célula atinge. 

Por atingir as células sanguíneas, a leucemia pode comprometer a capacidade do organismo de combater infecções, o que aumenta o risco de ocorrência de diversas doenças infecto-contagiosas.

2. Linfomas

O linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que é composto por uma rede de vasos específicos que drenam o líquido dos tecidos, e também pelos linfonodos, ou gânglios linfáticos. A doença acontece quando os linfócitos passam a apresentar características anormais e crescem de forma desordenada.

A principal característica do linfoma é o aumento dos linfonodos, em especial nas regiões do pescoço, virilha e axila. 

A doença é dividida em dois tipos: 

  • Linfoma não Hodgkin (LNH): termo abrangente, que engloba diversos subtipos de linfomas. É mais comum e pode se desenvolver em qualquer parte do sistema linfático. Além disso, os subtipos do linfoma não Hodgkin variam amplamente em termos de agressividade. As células cancerosas são genética e morfologicamente heterogêneas.
  • Linfoma de Hodgkin (LH): mais raro que o linfoma não Hodgkin, tende a ter melhores taxas de cura, especialmente nos estágios iniciais. Caracteriza-se pela presença de células conhecidas como Reed-Sternberg. Geralmente são provenientes de linfócitos B maduros, apresentam tamanho aumentado e são facilmente identificadas.  

3. Mielodisplasias

A mielodisplasia é um distúrbio na produção e amadurecimento das células da medula óssea, o que ocasiona uma superpopulação de células jovens. Essas células são incapazes de exercer corretamente suas funções, comprometendo a produção adequada de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Assim, a doença pode provocar problemas como anemia, diminuição da imunidade e dificuldades de coagulação do sangue. Em alguns casos, a mielodisplasia pode evoluir para uma doença mais agressiva, a leucemia mielóide aguda. Nela, uma quantidade ainda maior de células indiferenciadas (blastos) toma conta da medula, prejudicando a formação dos demais tipos celulares. 

4. Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é um tumor maligno que se desenvolve na medula óssea e atinge os plasmócitos, células responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias.

A doença se desenvolve quando essas células crescem de forma anormal e se multiplicam, comprometendo a produção das outras células do sangue. O mieloma passa a ser chamado de múltiplo quando as células anormais se multiplicam dentro e fora da medula óssea. 

Pacientes com mieloma múltiplo podem ter anemia e ficam mais sujeitos a infecções. Além disso, o tumor também pode afetar os ossos, causando dores e fraturas espontâneas.

5. Policitemia vera

A policitemia vera é um tipo de câncer no sangue, causado por mutação genética, que aumenta a quantidade de todas as células sanguíneas, em especial as hemácias, também chamadas glóbulos vermelhos.

Como consequência, o sangue se torna mais espesso, o que pode dificultar o fluxo sanguíneo normal, diminuindo assim a oxigenação dos tecidos e aumentando o risco do surgimento de coágulos, que podem causar complicações como trombose, infarto ou acidentes vasculares cerebrais (AVC).

6. Trombocitemia essencial

A trombocitemia essencial é uma neoplasia do sangue caracterizada pelo aumento excessivo de plaquetas, causado por mutação genética.

As plaquetas – também chamadas de trombócitos – possuem funções importantes no processo de coagulação do sangue. Dessa forma, o paciente diagnosticado com a doença tem maior risco de apresentar coágulos, que podem resultar em trombose, infarto, AVC ou embolia pulmonar.

7. Mielofibrose primária

A mielofibrose primária é um tipo de câncer que afeta as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea. Por ser primária, a doença pode ocorrer isoladamente, ou seja, sem ter relação com outra enfermidade.

Essas células anormais fazem com que as fibras que sustentam as células-tronco fiquem grossas e endurecidas, causando uma fibrose (cicatriz) dentro da medula óssea. Com isso, a produção das células do sangue é prejudicada, podendo progredir para tipos de leucemia mais agressivos.

Veja também – Painéis moleculares: o que são e para que servem?

Importância da Medicina de Precisão para a onco-hematologia

A Medicina de Precisão é uma nova forma de abordagem médica,  que busca utilizar informações genéticas, moleculares, clínicas e do contexto ambiental de cada paciente, para compreender melhor suas características individuais. O objetivo é utilizar esses conhecimentos para fornecer um tratamento mais preciso e personalizado. 

O potencial de aplicação da Medicina de Precisão tem aumentado devido às mudanças epidemiológicas na população. As doenças infecto-contagiosas deixaram de ser as maiores preocupações (excetuando-se o cenário de pandemia pela Covid-19), enquanto as crônico-degenerativas já correspondem a 74% dos óbitos em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Dentre elas destaca-se o câncer: esse grupo de doenças corresponde a segunda causa global de óbitos. Hoje a Medicina de Precisão é usada amplamente no tratamento de câncer e outras doenças crônico-degenerativas, com os alvos das drogas sendo moléculas do próprio indivíduo.

No caso das doenças onco-hematológicas, a abordagem tradicional classifica os pacientes em relação ao tipo de tumor e extensão do acometimento, para definição do tratamento ideal. Já a Medicina de Precisão tem permitido novas formas de abordar esses pacientes. Ela passou a se beneficiar de técnicas mais modernas, principalmente as de biologia molecular e sequenciamento de nova geração, tornando possível a análise de certas mutações genéticas do paciente ou do tumor, que favorecem a resposta a determinado tipo de terapia, individualizando as indicações.

A aquisição desse conhecimento pode ajudar a prever o risco de desenvolver certas doenças e a orientar a adoção de medidas profiláticas,  além da seleção de terapias mais eficazes, o que evita tratamentos que podem ser ineficazes e onerosos ao paciente e ao sistema de saúde. 

👉A Medicina de Precisão permite um conhecimento mais aprofundado sobres características genéticas do paciente e da biologia do seu tipo de câncer e, com isso, definir melhores e mais eficientes propostas de tratamento. 

A Target Medicina de Precisão é referência em exames de biologia molecular no estado de Minas Gerais. Oferecemos exames especializados para diversas doenças, inclusive as neoplasias onco-hematológicas.Acesse os exames nos links abaixo: 

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Revisão: v2 (31/05/2022)