Por quanto tempo as vacinas nos protegem?

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As vacinas são uma importante forma de proteção contra diversas doenças, sendo ferramentas que permitiram o controle ou erradicação de enfermidades que causaram milhões de mortes ao longo da história humana, como a varíola e a poliomielite.

Neste artigo, você vai entender como funciona a imunização do nosso organismo pela vacinação e conhecer por quanto tempo as vacinas protegem. Acompanhe!

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A imunidade é a maneira pela qual um organismo torna-se capaz de se defender contra agentes infecciosos (vírus, bactérias ou outros microrganismos) sem adoecer ou adoecendo com menor gravidade. Esse processo pode ocorrer de forma natural – pela exposição a esses agentes – ou de forma artificial, pela administração de vacinas.

Na imunização natural um agente invasor (patógeno) entra no organismo e traz consigo componentes chamados de antígenos. Esses componentes são identificados pelo sistema imunológico do organismo invadido desencadeando a montagem de uma resposta de defesa que demora algum tempo e envolve células especializadas, além da produção de anticorpos capazes de neutralizar e destruir o agente intruso. É comum que essa infecção inicial cause doença antes que o organismo seja capaz de controlar efetivamente o patógeno e volte ao equilíbrio (ou homeostase).

Após essa resposta de defesa inicial, o organismo pode desenvolver uma memória imunológica para aquele tipo de agente invasor. Isso significa que, se a pessoa for exposta ao mesmo patógeno novamente, o sistema imunológico será capaz de responder a ele de forma mais rápida e efetiva, protegendo o corpo contra essa doença específica.

A imunização por meio de vacinas acontece de maneira semelhante, mas nesse caso o sistema imunológico é treinado para combater um agente invasor sem precisar desenvolver a doença. 

Para isso, as vacinas são produzidas com microrganismos enfraquecidos, inativados ou fragmentos desses agentes, que funcionam como antígenos. São, então, capazes de simular um contato real do nosso organismo com o microrganismo causador da doença e induzir memória imunológica, que faz com que o sistema imunológico esteja preparado para responder de forma rápida e eficiente, se for exposto ao verdadeiro agente patogênico posteriormente.

Dois tipos de imunização podem ser diferenciados:

  • Imunização ativa: Acontece quando o sistema imunológico é estimulado a produzir anticorpos contra determinado antígeno. A imunização ativa pode ser natural – por contato direto com o agente causador, provocando ou não o adoecimento da pessoa – ou artificial, quando é obtida pela vacinação.
  • Imunização passiva: Na imunização passiva, o organismo recebe os anticorpos prontos de duas maneiras: a forma natural (imunização passiva natural), ocorre quando a mãe fornece anticorpos ao bebê durante a gestação – pela placenta – ou após o nascimento, pelo aleitamento. Já a forma artificial (imunização passiva artificial) é utilizada em situações nas quais não há tempo de se gerar uma resposta imunitária completa, como emergências com animais peçonhentos ou infecções graves. Nesse caso, os anticorpos são administrados diretamente no organismo, em vez de se estimular o sistema imunológico a produzi-los. A imunização passiva é temporária, pois a memória imunológica não é desenvolvida.

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Muitas pessoas se perguntam qual a melhor forma de adquirir imunidade (por meio de vacinas ou de maneira natural?) e algumas até defendem que uma forma é melhor que a outra. Mas, afinal, qual a verdade sobre isso?

Como dissemos antes, as vacinas estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos para combater um agente infeccioso, sem que a pessoa precise se expor aos riscos da contaminação. Por outro lado, na infecção natural, o indivíduo precisa primeiro contrair a doença para que depois seu organismo seja capaz de criar uma resposta de defesa. Dessa forma, a proteção das vacinas é considerada melhor, mais segura e controlada que a imunização pelo contato com as doenças. 

Além disso, as vacinas são desenvolvidas com base em testes clínicos e laboratoriais rigorosos e extensa pesquisa, a fim de garantir sua segurança e eficácia, sendo disponibilizadas à população apenas quando se mostram seguras e após aprovação dos órgãos sanitários de cada país, como a Anvisa no Brasil. Também são formuladas para que a proteção oferecida seja potencializada e dure o maior tempo possível.

Já a imunidade adquirida de forma natural pode ser imprevisível e potencialmente perigosa, uma vez que a infecção não evolui igualmente em todas as pessoas e, portanto, não pode ser controlada. Com isso, aumenta-se o risco da doença causar complicações graves, hospitalizações e até mesmo morte em alguns casos.

No mesmo sentido, a imunidade coletiva natural que depende da propagação do patógeno não é ideal, pois pode resultar em surtos da doença. Já a imunidade coletiva promovida pela vacinação em massa é bem-vinda e capaz de criar uma barreira de proteção na comunidade, salvaguardando especialmente pessoas mais vulneráveis, como bebês, idosos e imunossuprimidos.

Além de contribuir para a economia de recursos de saúde, evitando hospitalizações e tratamentos caros, a prevenção de doenças e controle da disseminação de agentes infecciosos por meio da vacinação é uma abordagem eficiente e protetiva, capaz de produzir uma resposta imunológica semelhante (ou melhor) à gerada pela infecção natural, sendo fundamental na erradicação de diversas enfermidades ao longo da história.

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Nenhuma vacina é 100% efetiva, mas após completar o esquema vacinal recomendado, em geral a pessoa fica protegida contra a doença para a qual foi imunizada. E, como dissemos, mesmo que não evite o contágio, a vacinação adequada reduz significativamente o risco de maiores complicações, como internações e óbito.

O tempo de proteção de cada vacina varia conforme o tipo de vacina e a doença para o qual ela é designada. O período é observado com base em testes e avaliações que indicam qual o intervalo entre as doses (quando há necessidade de mais doses), a formulação indicada e a época da vida em que é possível desenvolver uma melhor resposta imune para a vacinação.

As vacinas que precisam de uma única aplicação desencadeiam uma resposta intensa do sistema imunológico. Outras, apesar de potentes, não conseguem manter a imunidade por um longo período e necessitam de doses de reforço para estimular a produção de anticorpos e a memória imunológica. 

Algumas vacinas também necessitam de doses de reforço para aumentar a quantidade de anticorpos no organismo, já que a prevenção de certas doenças só ocorre quando são detectados altos níveis de imunoglobulinas. Além disso, a mutação de um vírus pode fazer necessário que uma vacina seja atualizada periodicamente com as cepas em circulação naquele período específico, como as vacinas da gripe.

Veja abaixo alguns exemplos do tempo de proteção de determinadas vacinas:

A vacina da gripe se enquadra nos casos em que o imunizante deve ser atualizado todos os anos. No Brasil, a vacina contra Influenza fornecida pela rede pública protege contra os três tipos de vírus da gripe que mais circularam no ano anterior. Já as disponíveis na rede privada possuem proteção ampliada contra quatro tipos virais.

Seu esquema vacinal indica que crianças entre 6 meses e 8 anos de idade devem tomar duas doses na primeira vez em que forem vacinadas contra gripe, com intervalo de um mês entre elas. Nos anos seguintes, todas as pessoas devem tomar uma dose da vacina atualizada anualmente.

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A vacina que protege contra o papilomavírus humano possui hoje duas versões: a quadrivalente – capaz de prevenir contra os tipos virais causadores de 70% dos casos de câncer de colo de útero – e a nonavalente – que previne a infecção pelos tipos de HPV associados a 90% dos casos de câncer de colo de útero, pênis, ânus, orofaringe, cabeça e pescoço – além de verrugas anogenitais. 

Independentemente da versão, a vacina deve ser administrada para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Já para pessoas de 15 a 45 anos de idade, são necessárias três doses da vacina. Estima-se que, completando o esquema de imunização recomendado, a proteção contra o HPV é mantida por, pelo menos, 15 anos

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A vacina para Hepatite B, que previne infecções no fígado causadas pelos vírus das hepatites B e D, é aplicada geralmente logo após o nascimento, em três doses, e oferece proteção por toda a vida, a não ser para indivíduos com alguma condição de imunossupressão, que podem precisar repetir a vacina de acordo com orientação médica. 

Crianças, adolescentes, adultos e gestantes que nunca foram vacinados também devem tomar três doses do imunizante.

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