Preparação imunológica para transplantes de órgãos: o papel das vacinas!
Homem segurando ilustração de coração.

A rejeição de um órgão transplantado é um dos maiores receios de quem passa por esse tipo de procedimento. Isso ocorre porque o sistema imunológico da pessoa identifica o novo órgão como um elemento estranho e passa a combatê-lo, podendo causar a morte do tecido transplantado e perda de sua função.

Para evitar esse tipo de problema, candidatos a transplante (e recém-transplantados) têm seu sistema imunológico suprimido utilizando medicamentos específicos. No entanto, essa supressão faz com que a pessoa se torne vulnerável a uma série de infecções que podem ser potencialmente graves. Nesse contexto, as vacinas passam a exercer um papel fundamental na proteção desses pacientes. 

Neste artigo, você vai entender em detalhes o papel das vacinas na preparação imunológica para transplantes de órgãos. 

Acompanhe!

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Dia Nacional da Doação de Órgãos

O Dia Nacional da Doação de Órgãos é comemorado anualmente no dia 27 de setembro e busca promover uma maior conscientização da sociedade sobre a importância de doar órgãos e tecidos, ajudando assim outras pessoas a dar continuidade às suas vidas. A data foi instituída no Brasil pela Lei nº 11.584/2007.

Na maioria das vezes, o órgão saudável é retirado de pacientes com quadro de morte encefálica já determinada por uma equipe médica habilitada.

Segundo a legislação brasileira, familiares de até 2o grau são os responsáveis pela decisão final de doar ou não órgãos de seu parente. Dessa forma, hoje não é mais necessário incluir a informação de “doador” ou “não doador” de órgãos no RG ou na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Por isso, é importante que este tema seja discutido entre os familiares, a fim de que cada pessoa verbalize seu desejo ainda em vida.

Ainda que haja um elevado número de negativas, o Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo e, em números absolutos, é o segundo país que mais realiza transplantes, atrás apenas dos EUA. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) financia cerca de 90% dos procedimentos, oferecendo aos pacientes assistência integral e gratuita, o que inclui exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 40 mil pessoas na lista de espera por um transplante de órgãos ou tecidos, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde. 

A tendência atual é de se usar o termo “lista de espera”, em vez de “fila de espera”, já que essa sequência não respeita uma ordem sequencial “de antiguidade”, mas considera uma variedade de fatores, que foi o que tornou o transplante do apresentador Faustão mais rápido, causando estranheza em muitas pessoas.

A maioria espera por um rim, que soma mais de 37 mil pessoas na lista. Em seguida, estão os transplantes de fígado, com pouco mais de 2 mil solicitações.

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>>> Saiba mais – Faustão e a fila de transplantes no Brasil

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O papel das vacinas na preparação imunológica

Para compreender a importância das vacinas em pacientes que passaram (ou passarão) por um transplante de órgãos, é essencial entender como o sistema imunológico reage à presença de corpos estranhos no organismo, como é o caso de um órgão transplantado.

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Sistema imunológico e transplante de órgãos 

O sistema imunológico reúne os mecanismos de defesa naturais do organismo contra infecções e agentes patogênicos. Ele é composto por células que trabalham em conjunto para identificar e destruir invasores potencialmente perigosos.

Quando um órgão é transplantado, o sistema imunológico do receptor pode entender o novo órgão como estranho e tentar atacá-lo, desencadeando uma resposta imune que pode levar à rejeição.

Para prevenir possíveis rejeições, o receptor de um novo órgão passa a receber a chamada preparação imunológica, realizada por meio de medicamentos imunossupressores, que reduzem a capacidade do sistema de defesa do organismo de combater infecções.

No entanto, esses medicamentos tornam o paciente vulnerável ​​a uma ampla gama de patógenos, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas.

Além disso, o próprio procedimento cirúrgico aumenta o risco de infecção, já que qualquer cirurgia envolve a exposição de tecidos internos do corpo a contaminações potenciais.

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Importância das vacinas na preparação imunológica 

As vacinas desempenham um papel muito importante na preparação imunológica para o transplante de órgãos, pois ajudam a proteger o receptor contra diversas infecções, que podem se tornar ainda mais graves devido ao enfraquecimento do organismo. 

Dessa forma, a imunização prévia por meio de vacinas é uma estratégia essencial para manter o paciente seguro antes e após o transplante, reduzindo o risco de doenças graves que podem ser potencialmente fatais para esses pacientes, como pneumonias, meningites e hepatites.

A estratégia vale, inclusive, para a prevenção de possíveis reinfecções por patógenos que o sistema imunológico controlou no passado, mas que podem representar uma ameaça quando o paciente está imunossuprimido.

Além disso, a vacinação preventiva durante a preparação imunológica contribui para a redução das hospitalizações prolongadas no pós-transplante, o que aumenta a qualidade de vida do paciente e pode levar a uma recuperação mais rápida e a uma vida mais saudável no longo prazo.

É importante salientar que a vacinação em pacientes transplantados ou candidatos a um transplante de órgãos precisa ser cuidadosamente planejada e realizada sob orientação e acompanhamento médico, já que algumas delas podem precisar ser reforçadas ou administradas em intervalos específicos para garantir a proteção efetiva após o procedimento.

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Quais as principais vacinas usadas?

Diversas vacinas podem ser utilizadas na preparação imunológica para transplantes de órgãos. Entre as principais, podemos citar: 

Vacina contra Influenza

A vacina contra Influenza, utilizada para prevenir a gripe, é frequentemente recomendada para pacientes que passaram ou passarão por um transplante de órgão. Isso porque, apesar de ser uma doença relativamente comum, a gripe pode ter consequências graves em pessoas imunossuprimidas. 

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Vacina Pneumocócica conjugada 13-valente

A vacina contra pneumococos é outro imunizante essencial para receptores de transplantes. Ela protege contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, como a pneumonia, uma doença potencialmente que pode levar à morte, se não tratada adequadamente. Novamente, pacientes imunossuprimidos estão mais suscetíveis a essas infecções e correm mais risco de complicações graves.

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Vacina para hepatite B

A hepatite B é uma infecção causada pelo vírus HBV, que afeta o fígado e pode causar cirrose, doença hepática crônica e até câncer. O imunizante pode ser aplicado durante a fase de pré-transplante, dependendo da doença que levou à necessidade da cirurgia. Além disso, em alguns casos o paciente pode receber um órgão de um doador que é portador do vírus da hepatite B, sendo a vacina recomendada após o procedimento para proteger o fígado do receptor.

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Vacina contra COVID-19

A vacina contra COVID-19 previne quadros graves causados pelo vírus SARS-CoV-2, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Assim como nas outras infecções citadas acima, pacientes imunossuprimidos ficam muito mais expostos ao vírus da COVID-19 e a vacinação contra essa infecção é fundamental. 

Além dessas, os médicos podem considerar outras vacinas, conforme as necessidades individuais e o histórico médico de cada paciente, incluindo a avaliação de infecções prévias e da imunização adequada contra essas doenças.

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