A uveíte é uma inflamação ocular que ocorre na úvea, região constituída pela íris, corpo ciliar e coroide. A doença necessita de diagnóstico e tratamento precoces, pois também pode atingir o nervo óptico e a retina, causando complicações graves e até mesmo a perda da visão.
Causada geralmente por doenças infecciosas, inflamatórias ou autoimunes, a uveíte pode atingir pessoas de todas as idades, inclusive crianças.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é uveíte, assim como quais são seus sintomas e tratamentos.
Acompanhe!
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O que é uveíte e quais os seus riscos?
A uveíte é a inflamação que atinge a camada média do olho, conhecida como úvea. Essa região intraocular é constituída por três componentes:
✅ íris, parte colorida do olho;
✅ corpo ciliar, localizado atrás da íris e responsável pela produção do humor aquoso, líquido que nutre a córnea e o cristalino e mantém a pressão do olho;
✅ coroide, camada vascular que envolve o olho e fornece sangue à retina.
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A inflamação pode afetar uma ou mais partes da úvea, assim como pode ocorrer em apenas um olho ou em ambos os olhos. A uveíte pode causar complicações graves caso não seja tratada correta e precocemente.
Veja quais são os principais riscos associados à uveíte:
✅ Catarata: a uveíte pode aumentar o risco de desenvolver catarata, que é a opacificação do cristalino (lente natural dos olhos).
✅ Glaucoma: a inflamação pode aumentar a pressão dentro do olho e levar ao desenvolvimento de glaucoma, uma doença que causa danos ao nervo óptico e que, se não for tratada, pode causar cegueira permanente.
✅ Edema macular: a inflamação na região interna do olho pode causar um edema macular, ou seja, o acúmulo anormal de líquido na mácula, região da retina responsável pela visão central nítida.
✅ Descolamento de retina: em casos graves, a uveíte posterior pode levar ao descolamento da retina, uma emergência médica grave caracterizada pela separação entre a retina e a parede posterior do olho.
✅ Perda de visão: se não tratada de forma adequada, a inflamação da úvea pode causar danos permanentes à retina e ao nervo óptico, provocando a perda da visão.
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Uveíte anterior, intermediária, posterior e pan-uveíte
As uveítes podem ser classificadas em quatro diferentes tipos, de acordo com a região da úvea que foi afetada. Dessa forma, os principais tipos da doença são:
- ✅ Uveíte anterior: a inflamação ocorre principalmente na íris e na região entre ela e a córnea, chamada câmara anterior do olho.
- ✅ Uveíte intermediária: a região afetada pela inflamação é o corpo ciliar, localizado entre a íris e a coroide, na região central do olho.
- ✅ Uveíte posterior: a inflamação da úvea ocorre na coroide, localizada no fundo do olho e mais próxima à retina.
- ✅ Pan-uveíte (ou difusa): neste tipo da doença, a inflamação envolve todas as partes da úvea, ou seja, a íris, o corpo ciliar e a coroide.
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Quais os principais sintomas?
Os sintomas da uveíte são variados e dependem da região da úvea afetada pela inflamação. Em geral, incluem dor nos olhos, sensibilidade à luz (fotofobia), vermelhidão, visão embaçada, pupilas de tamanho desigual e aparecimento repentino de “moscas volantes” na visão (pontos pretos flutuantes).
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👉Apesar da dor ser um dos sinais da inflamação, não se deve esperar o surgimento desse sintoma para buscar ajuda. Isso porque, em alguns casos, a uveíte não causa dor.
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Além disso, quanto mais grave ou mais próxima das estruturas posteriores do olho, como a retina, maiores são os riscos da doença deixar sequelas graves ou mesmo causar a perda da visão.
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As causas da uveíte
Existem muitas doenças que podem provocar uveítes, por isso é fundamental que o diagnóstico diferencial seja realizado de forma rápida e precisa. Dessa forma, com a causa identificada, é possível iniciar o tratamento adequado precocemente e assim aumentar as chances de sucesso da abordagem adotada. Em geral, as causas da uveíte podem ser:
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Doenças infecciosas
As uveítes podem ser causadas por vírus (sendo mais comuns os vírus herpes simplex 1 e 2, o citomegalovírus, o vírus da varicela-zóster e o vírus Epstein-barr) e por outros agentes infecciosos (bactérias, protozoários e parasitas) causadores de doenças como toxoplasmose, sífilis, tuberculose e toxocaríase.
Alguns desses patógenos afetam mais comumente pessoas imunossuprimidas, como idosos, portadores de doenças como câncer e HIV/AIDS ou em tratamento com drogas que alteram o funcionamento do sistema imunológico (como transplantados ou portadores de doenças inflamatórias), mas também é possível (e comum) o acometimento de pessoas imunocompetentes.
No Brasil a toxoplasmose é a principal causadora de uveítes posteriores, devido a sua alta prevalência na população.
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Doenças inflamatórias ou autoimunes
Algumas doenças sistêmicas inflamatórias e autoimunes podem causar a inflamação da úvea, com destaque para a artrite reumatóide, o lúpus eritematoso e as espondiloartrites. Outras como Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa também podem ser citadas nesse contexto, com menor importância.
A Sociedade Brasileira de Uveítes estima que doenças autoimunes são a principal causa de uveítes anteriores no Brasil.
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Traumas oculares e causa desconhecida
As uveítes também podem ser causadas por algum tipo de trauma local, que ocorre quando há algum tipo de injúria ou contusão do globo ocular.
É comum também que, mesmo após extensa investigação, um quadro de uveíte permaneça sem uma causa específica definida. Isso porque os sintomas oculares são, muitas vezes, as manifestações iniciais de uma doença autoimune, que acabam tendo diagnóstico fechado somente com o tempo, após a apresentação de novos sinais clínicos.
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Tratamentos para uveíte
Assim como as causas da uveíte são variadas, o tratamento vai depender da origem da inflamação. Por isso, é comum o médico – em geral o oftalmologista – solicitar exames laboratoriais para identificar a origem do problema e, assim, tratar as possíveis infecções ou outras doenças subjacentes. É essencial que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, pois a uveíte pode causar complicações graves, como a perda de visão.
Após identificada a causa, o tratamento geralmente inclui o uso de colírios para reduzir a inflamação ocular (corticoide) e medicamentos orais anti-inflamatórios ou imunossupressores.
A exclusão de causas infecciosas é fundamental antes de iniciar o tratamento do paciente com medicamentos anti-inflamatórios. Isso porque o uso dessas medicações sem o antimicrobiano correto diminui a resposta imune local de combate aos patógenos, o que pode piorar a infecção e o quadro do paciente. O tratamento das uveítes infecciosas envolve o uso de antibióticos, antivirais ou antiparasitários – como a sulfadiazina – capazes de controlar o microrganismo causador.
Na maioria dos casos, o tratamento precoce é eficaz e a uveíte costuma desaparecer por completo. No entanto, em algumas situações a inflamação pode se tornar crônica, com manifestações frequentes ao longo da vida.
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Painel molecular para uveítes infecciosas
Como vimos acima, as uveítes podem ser provocadas por doenças infecciosas, inflamatórias, autoimunes ou por causas secundárias, como traumas oculares.
Porém, tanto no Brasil quanto em outros países em desenvolvimento, as causas infecciosas são as responsáveis pela maioria dos quadros da inflamação, sendo o vírus Herpes simplex e a toxoplasmose as principais destas. Inclusive, as retinites e uveítes causadas por citomegalovírus (CMV) são causas importantes de deficiência visual em pacientes imunocomprometidos.
Tradicionalmente o diagnóstico de uveítes infecciosas é feito pela apresentação clínica da doença, exame oftalmológico, exames sorológicos e acompanhamento da resposta ao tratamento de prova. Apesar de ser uma abordagem consagrada e válida, ela tem limitações, já que ao avaliar todos os fatores citados, considera-se a probabilidade de um determinado agente infeccioso, ou seja, não há uma confirmação do diagnóstico.
Uma abordagem mais recente para os casos de uveítes, se baseia no uso de paineis moleculares para auxiliar o médico no diagnóstico e tratamento mais precisos. Isso porque esse tipo de exame, que utiliza técnicas de biologia molecular, possui alta sensibilidade (detectam o material genético do patógeno mesmo em quantidades muito pequenas) e especificidade (garante que o alvo detectado é de fato o correto).
Os paineis moleculares também oferecem a possibilidade de realizar vários testes a partir de uma única amostra, o que minimiza a quantidade de material coletado do paciente para fazer as avaliações, além de ter prazo para a entrega do resultado bem reduzido, quando comparado ao tempo necessário para realização de vários testes isolados.
A Target Medicina de Precisão oferece como solução para casos de uveíte infecciosa o Painel Molecular para Uveítes Infecciosas que permite a detecção simultânea de 6 patógenos comumente associados a esses quadros em amostras de humor aquoso, com liberação do resultado em até 24 horas.
Os patógenos pesquisados no Painel Molecular para Uveítes Infecciosas da Target são:
- ✅ Vírus Herpes simplex do tipo 1 (HSV-1);
- ✅ Vírus Herpes simplex do tipo 2 (HSV-2);
- ✅ Vírus Varicella-Zoster (VZV);
- ✅ Citomegalovírus (CMV);
- ✅ Vírus Epstein-Barr (EBV);
- ✅ Toxoplasma gondii.
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Quando bem indicado, esse exame dá suporte à adoção do tratamento médico mais adequado a cada caso, podendo prevenir a cegueira e a incapacidade visual a longo prazo.
A Target é referência em exames de biologia molecular no estado de Minas Gerais e oferece uma ampla gama de exames moleculares para diagnóstico de infecções, apoiando hospitais, médicos e pacientes na busca por diagnósticos precisos e confiáveis.
Contamos com um time de profissionais especializados e dedicados a prestar sempre o melhor atendimento para você.