Vacinação no Brasil: qual a situação hoje?

Nos últimos anos, o Brasil vem enfrentando uma queda significativa em sua cobertura vacinal, o que tem aumentado o risco de retorno de doenças que antes estavam controladas ou que já haviam sido eliminadas no país, como o sarampo e a poliomielite.

Neste artigo, você vai conhecer a situação da vacinação no Brasil hoje em relação aos imunizantes mais importantes e por que esse tema é tão relevante. 

Acompanhe!

Como as vacinas funcionam?

As vacinas são substâncias desenvolvidas para estimular o sistema imunológico a reconhecer e combater infecções causadas por agentes invasores, como vírus e bactérias. Elas contêm fragmentos inativos ou enfraquecidos desses microrganismos que estimulam a produção de anticorpos pelo organismo. 

Isso significa que quando uma pessoa é vacinada seu sistema imunológico cria defesas contra o patógeno alvo do imunizante. Assim, caso ela seja exposta a esse mesmo microrganismo no futuro, seu organismo estará pronto para combatê-lo de maneira mais efetiva e rápida, impedindo a doença ou atenuando seus sintomas.

Ao longo da história, as vacinas foram responsáveis pela erradicação e controle de diversas doenças graves. Um dos exemplos é a varíola, uma doença altamente contagiosa que foi responsável por milhões de mortes. Graças à vacinação em massa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola erradicada em 1980. 

Outro exemplo é a poliomielite, que através de esforços globais de vacinação, foi quase erradicada, com apenas um pequeno número de casos relatados hoje em alguns locais do mundo.

>>> Veja também – Preparação imunológica para transplantes de órgãos: o papel das vacinas!

A Importância da vacinação

A vacinação é uma medida importante e eficaz para a prevenção de doenças em adultos e, principalmente, em crianças, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e que são mais suscetíveis a infecções. 

Além da proteção individual, as vacinas têm o poder de induzir a chamada imunidade coletiva. Ela ocorre quando a cadeia de transmissão de uma doença é interrompida devido ao alto número de indivíduos imunizados contra aquele agente infeccioso. Isso evita sua propagação e protege indiretamente mesmo as pessoas que não foram vacinadas por algum motivo.

A pandemia da COVID-19 foi a demonstração mais recente da importância da vacinação como ferramenta para controlar a disseminação de doenças infecciosas. O desenvolvimento rápido de vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 e a subsequente campanha de vacinação global foram fundamentais para conter a pandemia e salvar vidas.

A COVID-19 também deu destaque à necessidade de manter as taxas de vacinação para outras doenças em níveis adequados. Durante a pandemia, houve uma queda significativa nas imunizações de rotina. Com isso, o risco de infecções por doenças que estavam controladas, como o sarampo e a poliomielite, voltou a gerar preocupações.

>>> Saiba mais – Por quanto tempo as vacinas nos protegem?

Qual a situação da vacinação no Brasil hoje?

Como vimos, o Brasil e o mundo estão experimentando uma diminuição importante no número de pessoas vacinadas. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021 menos de 59% dos cidadãos brasileiros estavam devidamente imunizados com as vacinas consideradas indispensáveis. Em 2020, esse índice era de 67% e em 2019 estava em 73%. Segundo o próprio ministério, o patamar ideal de pessoas com a cobertura vacinal atualizada deveria ser de ao menos 95%.

Veja abaixo a situação dos índices de vacinação no Brasil para algumas das principais doenças preveníveis por vacina:

Sarampo

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, que pode causar complicações graves, como pneumonia e encefalite, e até levar a óbito, principalmente em crianças pequenas.

Entre 1990 e 2000, o Brasil registrou mais 177 mil casos da infecção, até que a doença foi dada como eliminada do país em 2016. No entanto, a partir de 2018 o país voltou a registrar um grande número de casos, até uma nova redução em 2022. Essas variações epidemiológicas nos últimos anos são um alerta para a possibilidade de novos surtos.

Poliomielite

A poliomielite é uma doença contagiosa, causada por vírus que pode afetar o sistema nervoso e causar paralisia súbita e permanente, em geral nas pernas. 

O último caso registrado da doença no Brasil foi em 1989, após atingir quase 27 mil crianças nas décadas anteriores. Mas a queda acentuada dos índices de vacinação causam preocupação de um possível retorno da doença. Enquanto em 2015 mais de 98% do público-alvo estava em dia com as doses da vacina, em 2021 essa taxa caiu para menos de 70%.

Febre Amarela 

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos vetores. A doença é mais frequente em áreas de mata e pode causar complicações renais e hepáticas e até evoluir para óbito.

Por conta da baixa cobertura vacinal, o Brasil teve mais casos entre 2016 e 2018 do que nos 55 anos anteriores. Enquanto foram registrados 1.150 casos e 407 mortes de 1960 a 2015, apenas entre 2016 e meados de 2018 houve 2.000 notificações e 670 óbitos.

Rotavírus

O rotavírus é um dos principais agentes infecciosos responsáveis pela DDA (doença diarréica aguda), sendo uma das causas mais frequentes de diarreia grave em crianças menores de cinco anos em todo o mundo. Estima-se que mais de 215 mil mortes são causadas todos os anos por esse patógeno viral.

No Brasil, o índice de vacinação contra o rotavírus, que era de 86,3% em 2012, caiu para apenas 68,3% em 2021.

Gripe

A gripe é uma infecção altamente contagiosa, causada pelo vírus Influenza e transmitida pelo ar, que pode causar complicações graves especialmente em indivíduos com doenças crônicas, idosos e crianças menores de 2 anos.

Apesar das campanhas anuais de vacinação, têm-se observado um aumento no número de casos e mortes. Nos dois primeiros meses de 2022, mais de 1.700 pessoas morreram devido à doença no Brasil.

O que explica essas quedas?

Os baixos índices de vacinação registrados no Brasil nos últimos anos podem ser atribuídos a uma série de fatores complexos e interligados, que incluem falta de informação, compartilhamento de notícias falsas e medos infundados sobre possíveis reações adversas provocadas pelos imunizantes. Veja:

Desinformação e fake news 

Apesar dos benefícios comprovados da vacinação, a desinformação e as fake news sobre o assunto têm crescido recentemente. Na maioria dos casos, informações sem base científica sólida e notícias criadas intencionalmente para enganar ou manipular o público são espalhadas através das redes sociais e de fontes não confiáveis na internet, a fim de fazer a população questionar a segurança e eficácia das vacinas.

Quando o assunto é saúde, é importante enfatizar a importância de obter informações de fontes confiáveis, como médicos, agências de saúde pública e organizações de saúde respeitáveis.

Movimentos antivacina 

Os movimentos antivacina também podem ser um dos motivos para a queda na cobertura vacinal do Brasil. Nessas comunidades, os indivíduos se opõem às vacinas e promovem a hesitação ou recusa em relação à vacinação. 

No entanto, são grupos que costumam basear suas crenças em informações incorretas ou distorcidas, além de se apoiar na desconfiança em relação às autoridades de saúde e na ideia de que as vacinas são uma ameaça à saúde, em vez de uma proteção.

Medo de reações adversas

O medo de possíveis reações adversas provocadas pelas vacinas tem deixado algumas pessoas relutantes quanto à imunização. Entretanto, esse tipo de temor é infundado, afinal, efeitos colaterais graves após a vacinação são eventos extremamente raros.

É importante esclarecer que as vacinas passam por extensos testes de segurança antes de serem aprovadas para uso público e os benefícios da vacinação geralmente superam em muito os riscos.

Falsa segurança com doenças erradicadas

Outro motivo que explica a queda no número de vacinados é uma falsa sensação de segurança que pode ocorrer quando as pessoas acreditam que uma doença foi erradicada ou não representa mais uma ameaça, o que leva a menos preocupações quanto à vacinação e resulta em falta de adesão às diretrizes de imunização.

Um exemplo disso, como citamos anteriormente, é o sarampo. Quando a doença está controlada em uma região devido às altas taxas de vacinação, algumas pessoas podem acreditar erroneamente que a infecção não representa mais um risco. No entanto, ela ainda pode estar presente em outras localidades e ser reintroduzida em áreas onde a cobertura vacinal é baixa, causando novos surtos.

É muito importante reforçar que qualquer tipo de informação sobre vacinação deve ser obtida de fontes confiáveis. E que as vacinas são produzidas com padrão elevado de qualidade e testadas exaustivamente antes de serem disponibilizadas à população.

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