Apesar das vacinas serem os principais métodos de prevenção contra doenças infecciosas graves que podem matar ou deixar sequelas, as taxas de vacinação no Brasil vem caindo drasticamente nos últimos anos.
Uma das estratégias para combater a baixa cobertura vacinal e trazer mais conforto aos pacientes é a chamada vacinação simultânea, em que a criança ou o adulto recebem duas ou mais vacinas numa mesma ocasião.
Neste artigo, você vai entender o que é e quais são os benefícios da vacinação simultânea, assim como receber dicas importantes sobre como reduzir o desconforto das crianças durante o processo de imunização. Acompanhe!
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Vacinação simultânea: o que é e quais os seus benefícios!
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A vacinação simultânea é o processo pelo qual duas ou mais vacinas são administradas numa mesma ocasião, fazendo parte do que as diretrizes preconizam como boas práticas em imunização. Este serviço oferece a oportunidade de crianças e adultos completarem seus respectivos esquemas vacinais com mais eficiência e menos visitas aos locais de imunização, garantindo uma maior adesão ao processo de imunização.
Isso é especialmente importante neste momento em que o Brasil registra uma queda significativa na taxa de vacinação. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2021 menos de 59% dos cidadãos brasileiros estavam devidamente imunizados. Em 2020, esse índice era de 67% e, em 2019, estava em 73%. De acordo com o próprio ministério, o patamar ideal de pessoas com a cobertura vacinal atualizada deveria ser de 95%.
Além disso, a abordagem contribui para a redução dos custos tanto da população como dos sistemas de saúde. Enquanto o deslocamento das famílias diminui ao se tomar mais de uma vacina simultaneamente, a facilidade de armazenar e administrar várias substâncias ao mesmo tempo simplifica os processos logísticos, tornando mais eficiente a gestão de estoques e a distribuição de imunizantes.
Durante a vacinação simultânea, os imunizantes devem ser aplicados em locais diferentes do corpo. Por exemplo, uma vacina é aplicada no braço esquerdo, enquanto a outra é administrada no braço direito. Além de reduzir o desconforto localizado, essa estratégia traz mais segurança ao procedimento.
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Vacinação combinada X Vacinação simultânea
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É comum haver confusão entre os termos “vacinação combinada” e “vacinação simultânea”. Apesar de muitas pessoas utilizarem essas nomenclaturas como sinônimos, elas se referem a conceitos distintos no contexto da imunização.
A vacinação simultânea, como vimos anteriormente, é uma estratégia em que duas ou mais vacinas são aplicadas ao mesmo tempo, com diferentes seringas e em locais distintos do corpo.
Já a vacinação combinada diz respeito à incorporação de múltiplos componentes em um mesmo imunizante, geralmente destinados a proteger contra diferentes cepas de um mesmo patógeno ou contra várias doenças. Nesse caso, em vez de se administrar vacinas separadas, uma única dose contém diversos antígenos.
Um exemplo de vacina combinada é a Tetra Bacteriana, que, em uma única dose, protege contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.
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Quais vacinas podem ser aplicadas simultaneamente?
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Para responder à pergunta sobre quais vacinas podem ser aplicadas simultaneamente, é necessário antes entender que elas podem ser classificadas de duas formas: vacinas atenuadas e vacinas inativadas.
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– Vacinas inativadas
As vacinas inativadas são compostas por patógenos inteiros mortos/inativados ou por moléculas purificadas do microrganismo-alvo (proteínas, polissacarídeos capsulares, mRNA, toxinas). Alguns exemplos desse tipo de vacina são: DTP (que protege contra difteria, tétano e coqueluche), gripe, hepatite B e COVID-19.
Por utilizarem microrganismos totalmente inativos, essas vacinas não possuem restrições ou contra-indicações quanto à aplicação simultânea com outras.
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– Vacinas vivas atenuadas
As vacinas vivas atenuadas são aquelas que contém versões enfraquecidas dos patógenos-alvo (vírus ou bactérias), sendo capazes de induzir resposta imune semelhante à causada pela infecção natural, mas sem provocar a doença.
Alguns exemplos de vacinas atenuadas são: BCG, tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), tetra viral (que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e febre amarela.
Esse grupo de vacinas não é recomendado para pessoas com o sistema imunológico comprometido ou que tenham algum tipo de condição que indique cuidados especiais, como as gestantes. Além disso, a aplicação simultânea de duas ou mais vacinas desse tipo não é indicada, especialmente na primeira vacinação, como descrito a seguir:
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>> As vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) não devem ser administradas juntamente com a de febre amarela na primeira vacinação, já que esses imunizantes são produzidos a partir de vírus vivo enfraquecido. Essa regra é válida para crianças menores de dois anos, em que o intervalo mínimo entre as duas vacinas deve ser de 30 dias. Já para as crianças maiores de 2 anos, que receberam as vacinas tríplice viral, tetra viral e febre amarela anteriormente, assim como para os adultos, não há restrição quanto à aplicação simultânea desses imunizantes.
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Assim, segundo orientações do Ministério da Saúde, todas as vacinas que fazem parte do calendário de rotina podem ser aplicadas no mesmo dia, com exceção das citadas.
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Vacinação infantil: como reduzir o desconforto?
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A vacinação infantil é uma parte essencial dos cuidados de saúde preventivos, pois proporciona proteção contra diversas doenças infecciosas. No entanto, o desconforto provocado pela aplicação de vacinas injetáveis pode causar ansiedade tanto nas crianças quanto nos pais, o que também acaba dificultando o trabalho dos profissionais de saúde.
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>> Saiba mais: Como tornar o momento vacinal menos estressante?
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Para fazer com que o momento da vacinação seja mais tranquilo para as crianças, algumas práticas podem ser adotadas a fim de minimizar o desconforto e o estresse da situação. Uma das abordagens mais eficazes para acalmar as crianças durante a vacinação infantil é o uso de técnicas de distração que utilizam brinquedos, livros, vídeos e a própria conversa, a fim de redirecionar a atenção dos pequenos durante o procedimento e assim diminuir a ansiedade associada à injeção. A amamentação também pode ser utilizada para acalmar e relaxar as crianças pequenas que ainda são lactantes. Além de ajudar na distração, o ato de sugar e o contato pele a pele com a mãe contribui para o alívio da dor do bebê.
Da mesma forma, o uso de dispositivos que auxiliam na diminuição da sensibilidade na região de aplicação da injeção é outra opção interessante, como um aparelho que contém mini pontas e é apoiado no local onde acontecerá a picada. Assim, a pressão é distribuída em mais pontos da pele, o que diminui a ansiedade e a sensação de dor causada pela agulha.
Outra possibilidade, disponível quando há necessidade de aplicação de duas vacinas distintas no mesmo dia, é a vacinação sincronizada. Nessa estratégia dois profissionais trabalham de forma orquestrada e aplicam as injeções simultaneamente, em membros diferentes do paciente. Dessa forma, a vacinação fica menos dolorosa, pois o bebê/criança percebe o desconforto e a tensão apenas uma vez.
Além disso, explicar de maneira transparente e aberta sobre o que consiste a vacinação e seus benefícios para a saúde, especialmente para crianças maiores, é importante para tornar o momento vacinal menos estressante.
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