O papilomavírus humano (HPV) é um patógeno viral capaz de infectar pele e mucosas (oral, genital ou anal), podendo causar lesões visíveis (na forma de verrugas, por exemplo) ou permanecer assintomático, sem manifestar por anos sintomas visíveis a olho nu que indiquem a existência da infecção (forma subclínica).
Trata-se de um patógeno transmitido, principalmente, pelo contato sexual, sendo considerada a infecção viral sexualmente transmissível mais prevalente no mundo. Dentre os mais de 100 tipos de HPV conhecidos hoje, cerca de 14 são sabidamente cancerígenos, estando diretamente associados ao desenvolvimento de lesões cancerosas, entre as quais se destacam as que afetam o colo do útero.
No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres. Para o ano de 2023, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima que teremos cerca de 17 mil novos diagnósticos, o que representa a elevada taxa de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2022).
Autor: www.scientificanimations.com.
Segundo a Organização Panamericana de Saúde, a realização de exames preventivos regulares para o rastreio de lesões cancerosas causadas pelo HPV (Papanicolau) é recomendada como medida secundária para prevenção do câncer de colo de útero, devendo sempre fazer parte do cuidado em saúde de todas as mulheres. Já a vacinação contra o HPV é considerada a medida de prevenção primária, sendo recomendada como a forma mais eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e vários outros cânceres também causados pela infecção por esse vírus.
Saiba mais – Vacinas: conheça as mais importantes (e por quê)!
A vacina e a realização do exame preventivo (Papanicolau) são complementares como ações de prevenção do câncer de colo de útero.
Vacinas contra HPV: histórico
As vacinas contra HPV surgiram há cerca de 15 anos e estão em sua 3ª geração.
As primeiras vacinas lançadas foram as bivalentes (ou HPV-2), capazes de proteger contra os dois tipos de HPV mais relacionados ao surgimento de câncer (responsáveis por cerca de 70% dos casos).
A segunda geração surgiu na forma de vacinas quadrivalentes (HPV-4) e ampliou a proteção para outros dois tipos virais mais relacionados ao surgimento de verrugas anogenitais.
Já a terceira geração corresponde à vacina nonavalente (ou HPV-9) e protege contra 9 tipos do vírus. Lançada internacionalmente em 2014 e recém-chegada ao Brasil, essa formulação amplia a proteção da quadrivalente para mais cinco tipos de HPV também relacionados ao surgimento de cânceres.
Vacina de HPV Nonavalente: Esquema de doses e indicação
A vacina contra HPV 9-valente, está indicada para homens e mulheres entre 9 e 45 anos de idade, e previne, além do câncer do colo de útero, os cânceres de vulva, de vagina, de ânus, de pênis, de orofaringe e a ocorrência de lesões pré-cancerosas e de verrugas genitais.
Esquema de doses recomendadas:
- Meninos e meninas, entre 9 e 14 anos: duas doses, sendo a segunda dose administrada entre 5 e 13 meses após a primeira dose.
- Homens e mulheres, entre 15 e 45 anos: três doses, sendo a primeira dose ministrada na data de escolha, a segunda dose, dois meses após a primeira e a terceira dose, seis meses após a primeira dose (esquema 0, 2 e 6 meses).
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Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: HPV — Ministério da Saúde. Acesso em: 01/03/2023.
INCA. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: Incidência — Instituto Nacional de Câncer – INCA. Acesso em: 01/03/2023.
OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Disponível em: HPV e câncer do colo do útero. Acesso em: 17/03/2023.
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Além de referência em soluções diagnósticas por biologia molecular, a Target Medicina de Precisão disponibiliza também uma vasta gama de vacinas para as mais diferentes faixas etárias (de bebês a idosos), entre elas a vacina contra HPV 9-Valente.
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