A hepatite é uma inflamação do fígado, geralmente causada por vírus, mas que também pode ocorrer pelo uso prolongado de certos medicamentos, bebidas alcoólicas, drogas, além de causas autoimunes, metabólicas e genéticas.
Esse quadro pode levar a graves complicações quando não diagnosticado de forma correta e precoce, como insuficiência hepática (perda de função do fígado), fibrose (cicatrizes no órgão), cirrose (destruição de grande parte do tecido hepático) e até câncer de fígado.
Entre os melhores e mais eficazes métodos para diagnosticar as hepatites causadas por vírus estão os exames de biologia molecular, porque além de detectar a causa da doença em um estado inicial, também são capazes de ajudar a monitorar sua evolução e contribuir para a escolha do tratamento que trará melhores resultados ao paciente.
Neste artigo, você descobrirá quais são as vantagens do uso de exames de biologia molecular nos casos de hepatite.
Acompanhe!
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O que é e quais são os sintomas da hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado, causada principalmente por cinco tipos virais, nomeados pelas letras A, B, C, D e E. Os três primeiros são os de maior relevância clínica e epidemiológica no Brasil, sendo que mais de 70% dos óbitos são decorrentes da infecção pelo vírus tipo C, seguido do vírus tipo B (21,8%).
A transmissão das hepatites virais pode ocorrer de diversas maneiras, a depender do tipo específico do patógeno. As principais formas incluem:
- Contaminação fecal-oral: ocorre através de água e alimentos contaminados, estando associada às más condições de saneamento básico. É o caso da hepatite A.
- Relação sexual sem proteção: hepatite B e C.
- Sangue contaminado, podendo ocorrer pelo compartilhamento de agulhas e seringas durante o uso de drogas injetáveis, de instrumentos cortantes de uso pessoal (como alicates de unha e lâminas de barbear) ou de até escovas de dente. Essas formas estão envolvidas na transmissão das hepatites B e C.
- De mãe para filho (transmissão vertical), durante o parto ou na gestação: hepatites B e C.
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Em muitos casos, as hepatites não apresentam sintomas inicialmente, e o paciente só descobre a doença muito tempo depois, ao fazer testes específicos para o vírus. As que têm maior chance de se manifestar na fase aguda são as hepatites A e B, causando sintomas como:
- ✅ Fadiga;
- ✅ Perda de apetite;
- ✅ Náuseas e vômitos;
- ✅ Dor abdominal;
- ✅ Urina escura;
- ✅ Fezes claras;
- ✅ Icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
- ✅ Febre.
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Em alguns casos, os quadros de hepatite aguda podem ser fulminantes, quando os sintomas se manifestam rapidamente e de forma muito grave, causando adoecimento renal e neurológico. Muitas vezes são associados ao comprometimento permanente do fígado, podendo ser necessário transplante do órgão.
Já a hepatite crônica é caracterizada pela permanência da doença por mais de seis meses e é mais comumente relacionada aos casos de infecção pelos vírus das hepatites B e C. Na hepatite B, a cronificação da doença normalmente ocorre no caso de infecção em crianças pequenas ou indivíduos imunossuprimidos, enquanto na hepatite C ela ocorre na maioria das vezes. Muitas vezes são casos assintomáticos que duram anos sem manifestações clínicas e alterações laboratoriais específicas. Quando presentes, os sintomas podem ser parecidos com os da hepatite aguda, ou causarem danos maiores, como cirrose e câncer de fígado.
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Vantagem dos exames de biologia molecular para hepatite
Por ser um quadro que não costuma dar sinais claros até que esteja avançado, muitas vezes acaba se arrastando sem o devido diagnóstico e tratamento, o que eleva o risco de complicações, inclusive com risco à vida.
Os exames normalmente usados para investigar quadros de hepatite são:
- ✅ Testes sorológicos para detecção no sangue de anticorpos específicos para os diferentes tipos virais, como para a hepatite A (Anti-HAV), hepatite B (Anti-HBs, Anti-HBc) e hepatite C (Anti-HCV);
- ✅ Detecção do antígeno viral: no caso da hepatite B é chamado de HbsAg;
- ✅ Ultrassonografia abdominal, que permite visualizar o fígado, vesícula biliar e vias biliares, em busca de alterações que possam indicar a presença de inflamação;
- ✅ Elastografia hepática, que é um método não invasivo, que avalia a elasticidade do fígado e traz informações sobre a fibrose hepática, o que pode auxiliar no diagnóstico da hepatite e no acompanhamento da sua evolução;
- ✅ Tomografia computadorizada ou ressonância magnética, geralmente usadas para casos mais complexos, a fim de avaliar a extensão de lesões no fígado e outras possíveis complicações;
- ✅ Biópsia hepática, quando é retirado um pequeno fragmento do fígado para análise microscópica, a fim de auxiliar no diagnóstico e na avaliação do grau de inflamação e lesões no órgão.
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Outra forma de diagnosticar e acompanhar os níveis de infecção pelos vírus causadores das hepatites é utilizando exames de biologia molecular, como a PCR em tempo real.
Nessa técnica, é utilizado o método de reação em cadeia da polimerase (qPCR) para amplificar e detectar sequências específicas de DNA ou RNA viral, permitindo não apenas confirmar a presença do vírus, mas também quantificar a carga viral (ou seja, a quantidade de vírus presente no sangue do paciente).
Veja algumas das principais vantagens dos exames de biologia molecular para hepatite:
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1. Diagnóstico preciso e precoce da infecção
Os exames de biologia molecular possuem alta sensibilidade e especificidade, o que permite detectar o material genético viral, mesmo em quantidades mínimas. Dessa forma, é possível realizar o diagnóstico preciso da infecção ainda nos estágios iniciais da doença.
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2. Monitoramento da carga viral do paciente
Esse exame também permite determinar de forma precisa a quantidade de vírus presentes no organismo. Casos com maior multiplicação viral são os que oferecem risco aumentado para complicações graves, como a cirrose hepática e o câncer de fígado. Dessa forma, é possível avaliar o risco de progressão da doença.
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3. Tomada de decisões mais assertivas e monitoramento da resposta terapêutica
Os resultados fornecidos pelos exames de biologia molecular permitem que os médicos avaliem o efeito do tratamento frente aos vírus da hepatite, auxiliando a tomada de decisões terapêuticas mais acertadas e oportunas (como tipo de medicamentos, tempo e dosagem) e a avaliação de possível resistência aos medicamentos antivirais utilizados.
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Os riscos de diagnósticos imprecisos ou tardios
A hepatite é uma doença potencialmente grave que, como dissemos anteriormente, costuma ser silenciosa, o que faz com que o paciente muitas vezes só descubra a infecção quando os sintomas surgem, já em fases mais avançadas da enfermidade.
Por isso, é fundamental que o diagnóstico seja realizado de forma correta, precisa e precoce.
Alguns dos principais riscos associados a diagnósticos imprecisos ou tardios da hepatite, que podem resultar em atraso no início do tratamento e no avanço da infecção sem intervenção adequada, incluem:
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Progressão para infecção crônica
Caso não seja identificada e tratada em tempo hábil, a hepatite causada por vírus pode progredir para formas crônicas da doença, aumentando assim o risco de complicações hepáticas graves e danos irreversíveis ao fígado, como fibrose hepática, cirrose e desenvolvimento de câncer de fígado.
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Transmissão para outras pessoas
Outra consequência é o risco de transmissão da infecção para outras pessoas. Isso porque a hepatite viral é altamente contagiosa, e os pacientes infectados podem inadvertidamente expor parceiros sexuais, membros da família ou profissionais de saúde à infecção pelo vírus, por meio de contato com sangue ou fluidos corporais.
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Atraso na intervenção médica apropriada
A demora ou equívoco no diagnóstico da hepatite pode impedir que os pacientes recebam o tratamento adequado, que visa controlar a infecção, reduzir a replicação viral e prevenir a progressão da doença.
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Prognóstico incerto
A falta de monitoramento quantitativo da infecção viral pode resultar em incerteza sobre a evolução da doença, dificuldade para avaliar a eficácia do tratamento, além de privar a equipe médica de informações valiosas para a tomada de decisões terapêuticas mais adequadas.
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Exame de biologia molecular para hepatite em BH
Como vimos no artigo, exames de biologia molecular para hepatite permitem realizar o diagnóstico preciso e monitorar a progressão da infecção, sendo ideal a realização desse tipo de exame em laboratório especializado na área.
A Target Medicina de Precisão oferece diversos exames para o diagnóstico e monitoramento de Hepatites Virais, auxiliando na adoção de estratégias de manejo clínico personalizadas para cada paciente.
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