O HPV ( papilomavírus humano) é um patógeno sexualmente transmissível que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Devido ao seu grande potencial de causar câncer de colo de útero, é um vírus frequentemente associado a um risco exclusivo para as mulheres. No entanto, é essencial reconhecer que essa infecção também representa uma ameaça para a saúde masculina.
Este artigo explora a influência do HPV na saúde dos homens e destaca a importância da vacinação masculina contra o vírus.
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Quais riscos o HPV traz aos homens?
O HPV é um vírus altamente contagioso, transmitido principalmente através de relações sexuais sem proteção, seja por via vaginal, anal, oral ou mesmo pelo contato das mãos com os genitais.
Sua transmissão ocorre pelo contato direto da pele ou mucosa com algum dos tipos de vírus do HPV. De acordo com o Ministério da Saúde, são conhecidos mais de 200 tipos diferentes de vírus HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a região genital.
A infecção pode afetar tanto homens quanto mulheres, porém muitas pessoas desconhecem os riscos que o HPV representa para os homens.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um recente estudo mostrou que aproximadamente um em cada três homens acima dos 15 anos está infectado com pelo menos um tipo de papilomavírus humano genital. Entre esses, um em cada cinco possuem tipos de HPV com alto risco de evolução para câncer.
Normalmente, o HPV não causa sintomas importantes logo após o contágio, sendo uma infecção de desenvolvimento lento, que pode permanecer latente por anos. Em homens, quando ativa, a infecção está associada a quadros, como:
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- – Condilomas acuminados (verrugas genitais):
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Homens infectados pelo HPV são suscetíveis ao desenvolvimento de verrugas genitais, que geralmente atingem partes úmidas do corpo, como região pubiana, perineal, perianal, ânus, pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, além da laringe, êsofago e interior da boca. Essas lesões podem ser desconfortáveis, dolorosas e afetar a qualidade de vida.
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- – Câncer:
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A infecção crônica por certos tipos do vírus HPV em homens aumenta o risco de células anormais se transformarem em tumores, podendo levar ao desenvolvimento de câncer de pênis, ânus, boca e garganta, entre outros.
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HPV e câncer bucal: qual a relação?
Juntamente com tabagismo, obesidade e consumo excessivo de álcool, a infecção pelo HPV é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de tumores na boca e na garganta.
O câncer bucal, também chamado câncer de lábio ou de cavidade oral, é um tumor maligno que afeta os lábios e diversas regiões da boca, como gengiva, bochechas, céu da boca, língua e áreas embaixo da língua.
Esse tipo de câncer é o quinto mais comum em homens no Brasil (3 vezes mais comum no sexo masculino que entre as mulheres) e costuma ser descoberto quando já se encontra em estágios avançados. Somente em 2022 foram estimados mais de 15 mil novos casos da doença. Já no ano anterior, quase 6.500 pessoas morreram devido ao câncer de boca.
Por isso, em 2015 foi instituída a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, que ocorre de 1 a 7 de novembro para conscientização sobre o problema.
FIQUE ATENTO: Entre os principais sintomas da doença, estão feridas na cavidade oral ou nos lábios, que permanecem por mais de 15 dias e podem apresentar sangramentos, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas, nódulos no pescoço e rouquidão persistente.
A prevenção contra o câncer bucal inclui:
- ✅ Não fumar;
- ✅ Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
- ✅ Manter bons hábitos alimentares e de higiene bucal;
- ✅ Sempre usar preservativo durante a prática do sexo oral;
- ✅ Se vacinar contra o HPV.
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Por que homens devem se vacinar para HPV?
Como vimos acima, as consequências do HPV para homens são significativas, podendo causar lesões dolorosas e cânceres potencialmente letais, que tem maior incidência no sexo masculino. No entanto, é essencial enfatizar que esses riscos não são apenas uma preocupação individual, mas também têm implicações para a saúde de suas parceiras/parceiros sexuais.
O câncer de colo de útero é uma das principais complicações do HPV, sendo estimados mais de 17 mil novos casos da doença apenas em 2023. É o terceiro mais incidente entre as mulheres e a prevenção masculina é essencial para reduzir a incidência do HPV (e do risco associado de câncer de colo de útero) também na população feminina.
A maneira mais eficaz de se prevenir contra o HPV é através da vacinação. Isso porque, apesar da camisinha ser fundamental para conter a transmissão do vírus, essa não é uma forma 100% efetiva de evitar a contaminação, já que o preservativo não recobre por completo a pele de toda região genital, como a vulva ou a bolsa escrotal, além do contato manual também ser um meio de contaminação.
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Como funciona a vacinação do HPV?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil oferece a vacina contra o HPV em sua versão quadrivalente, de forma gratuita para todos os meninos e meninas de 9 a 14 anos. A faixa etária escolhida busca cumprir o objetivo de vacinar os adolescentes antes do início da vida sexual, o que contribui para minimizar a exposição ao vírus.
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Além disso, o SUS também fornece a vacina do HPV para todas as pessoas dos 9 até os 45 anos, nas seguintes condições:
- – Pessoas com HIV/AIDS;
- – Transplantados;
- – Pacientes em tratamento para câncer;
- – Vítimas de abuso sexual nesta mesma faixa etária, que nunca tenham tomado a vacina contra HPV ou estejam com esquema vacinal incompleto.
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E quem não se enquadra nesses grupos, o que pode fazer?
Adultos que não foram vacinados na adolescência podem se vacinar em clínicas ou laboratórios particulares.
Na Target, oferecemos a vacina 9-Valente contra o HPV para pessoas de 9 a 45 anos.
Enquanto a vacina oferecida no SUS oferece proteção contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18), associados a 70% dos cânceres de colo de útero, a vacina oferecida pela Target – HPV Nonavalente – protege contra a infecção por nove tipos do HPV, associados a 90% dos cânceres de colo de útero e também aos cânceres de pênis, ânus, orofaringe, cabeça e pescoço (tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58) e os dois principais causadores de verrugas anogenitais (tipos 6 e 11).
O esquema vacinal varia conforme a idade de início: meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, devem receber duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Já as pessoas de 15 a 45 anos tomam três doses, sendo a segunda dose dois meses após a primeira e a terceira dose seis meses após a primeira dose (esquema 0, 2 e 6 meses).
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