ISTs no Brasil: o que fazer para se proteger e tratar?
Casal de mãos dadas no pôr do sol.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são ainda hoje um desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o número de novos casos continua alto, evidenciando a importância da manutenção contínua de campanhas de conscientização sobre essas infecções.

Doenças como a AIDS, a sífilis e a hepatite B causam impactos sérios na saúde das pessoas e, quando não são diagnosticadas de forma adequada e precoce, podem levar a complicações graves, como câncer e até mesmo ao óbito. 

Neste artigo, você vai conhecer melhor a situação de algumas ISTs no Brasil e conhecer o que fazer para se proteger ou tratar, incluindo vacinas e exames, que desempenham um papel essencial nesse contexto.

Acompanhe!

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ISTs no Brasil: dados preocupantes!

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são condições causadas por microrganismos, como bactérias, vírus, protozoários e fungos, que são transmitidos principalmente por meio do contato sexual sem proteção, seja por via vaginal, anal ou oral (possibilidade desconsiderada por muitas pessoas). 

Comumente são infecções que também podem ser transmitidas de mãe para filho –– a chamada transmissão vertical –– durante a gestação, parto ou amamentação, seja através da placenta ou pelo contato direto do bebê com lesões ou secreções infectadas da mãe.

Embora alguns sinais de infecção sejam perceptíveis, como a presença de corrimento, feridas, verrugas anogenitais, dor ao urinar e dor pélvica, algumas ISTs podem permanecer  assintomáticas por longos períodos. Quando não diagnosticadas precocemente e de forma precisa, mesmo sem sintomas, essas infecções podem acarretar em  risco importante, tanto para a própria pessoa quanto aos outros com quem ela se relaciona.

Com um grande número de casos registrados, as ISTs são um problema em todo o globo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão de novos casos dessas infecções são registrados diariamente em todo o mundo, principalmente em pessoas entre 15 e 49 anos.

No Brasil,  parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, aponta que cerca de 1 milhão de pessoas afirmaram ter recebido diagnóstico de ISTs ao longo daquele ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos ou mais. O país notifica obrigatoriamente apenas casos de sífilis, hepatites virais e HIV, mas existem diversas outras de grande relevância para a saúde individual e coletiva.

Veja abaixo alguns dados preocupantes sobre essas ISTs no Brasil:

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Sífilis

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2021 o Brasil registrou mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida (transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo vaginal, anal ou oral sem o uso de preservativo) e 74 mil casos em gestantes. Ainda no mesmo ano, houveram 27 mil registros de sífilis congênita (quando a gestante transmite a infecção para o bebê durante a gravidez ou parto), que resultaram em 192 óbitos. 

Até junho de 2022, mais de 122 mil novos casos da infecção já haviam sido constatados no país, sendo 79,5 mil de sífilis adquirida, 31 mil de sífilis em gestantes (com alto risco de aborto e nascimento prematuro) e 12 mil ocorrências de sífilis congênita (associada a surdez, cegueira, má formações, deficiência mental, entre outras sequelas permanentes).

Em conjunto esses dados indicam que, apesar da existência de formas de diagnóstico e tratamento eficazes (inclusive disponíveis gratuitamente pelo SUS) essa doença continua trazendo graves impactos à vida de milhares de pessoas no Brasil e sendo motivo de grande preocupação das autoridades em saúde.

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HIV

Em 2021, foram notificados 40,8 mil casos de contaminação pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana) e mais 35,2 mil casos de AIDS (desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência humana, que está associada a importante comprometimento do sistema imunológico causado pelo HIV) no Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado no ano seguinte. 

O documento ainda aponta que, desde o primeiro caso informado no país, em 1980, até junho de 2022, foram registrados mais de 1 milhão de casos de AIDS. Além disso, apenas em 2021 mais de 11 mil óbitos causados pela AIDS  foram notificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Os dados demonstram que, apesar de ser uma infecção que permanece incurável, existe hoje tratamento e possibilidade de controle do HIV, com manutenção de boa qualidade de vida e taxa de sobrevida quando os pacientes são devidamente diagnosticados e acompanhados. 

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Hepatites B e C

As hepatites virais também possuem dados preocupantes no Brasil. O Ministério da Saúde aponta que, entre 2000 e 2021, 718.651 casos de hepatite  foram confirmados no país. Destes, 264.640 (36,8%) são de hepatite B e 279.872 (38,9%) de  hepatite C, que podem ser transmitidas pela via sexual. 

Esta última é a maior causa de morte entre as hepatites virais, com 62.611 óbitos registrados entre os anos de 2000 e 2020, o que corresponde a 76,2% dos casos fatais de hepatites.

Os números demonstram a importância do problema que as hepatites virais representam para a saúde pública e o impacto benéfico que a adoção de medidas de prevenção da transmissão pela via sexual pode trazer.

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Infecções Sexualmente Transmissíveis: como se proteger!

As principais formas de se proteger –– e proteger os outros –– contra as infecções sexualmente transmissíveis incluem a adoção de medidas de prevenção e a realização de exames regulares que permitam o diagnóstico e tratamento adequado o mais rápido possível. Veja:

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🛡️ Prevenção

A principal forma de prevenção contra as ISTs é o uso correto e consistente de preservativos durante todas as relações sexuais, sejam por via vaginal, anal ou oral. As camisinhas masculinas ou femininas atuam como uma barreira física que impede o contato direto entre fluidos corporais, reduzindo assim o risco de infecção. 

No mesmo sentido, é fundamental evitar o compartilhamento de objetos íntimos, como brinquedos sexuais. Esses acessórios são de uso individual e, caso sejam compartilhados, devem ser higienizados de forma adequada e cobertos com preservativos para cada parceiro.

Outra forma de prevenção importante é manter um diálogo aberto e honesto com o parceiro(a) sobre a saúde sexual e o histórico médico, dividindo informações sobre a realização de exames para ISTs e discutindo experiências sexuais anteriores e possíveis exposições a essas infecções.

Além disso, buscar conhecimento sobre as infecções sexualmente transmissíveis, incluindo suas formas de transmissão, sintomas e opções de tratamento é essencial para a conscientização e adoção de práticas mais seguras.

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💉 Vacinas

A vacinação desempenha um papel muito importante na prevenção de algumas ISTs, pois oferecem uma camada adicional de proteção, que vai além da prática de sexo seguro. No entanto, é importante ressaltar que as vacinas não substituem o uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Duas vacinas disponíveis para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis são:

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Vacina contra o HPV (papilomavírus humano) 

Existem diferentes tipos do HPV, alguns dos quais podem causar verrugas genitais, enquanto outros estão associados a diversos tipos de câncer, incluindo câncer de colo do útero,  de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de garganta. 

A vacina contra o HPV é recomendada para meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, e também para jovens e adultos entre 15 e 45 anos, não vacinados anteriormente. A versão mais avançada dessa vacina protege contra 9 tipos do HPV: 6,11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, que estão associados a mais de 90% dos casos de câncer causados por esse vírus

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Vacina contra a hepatite B

A hepatite B é uma infecção viral transmitida principalmente pela via sexual, sendo possível também a transmissão vertical e pelo contato com sangue e outros materiais infectados.  Pode levar a danos graves no fígado como quadros de hepatite aguda fulminante, ou cirrose e câncer hepático (casos crônicos). 

A aplicação da vacina contra a hepatite B é recomendada para todos os bebês logo ao nascimento, para todas as gestantes durante a gravidez e para pessoas de todas as idades que não sejam vacinadas, ou que possuam risco aumentado de exposição ao vírus, (especialmente profissionais de saúde, pessoas com múltiplos parceiros sexuais e usuários de drogas injetáveis).

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🩸 Exames

Além das medidas de prevenção citadas, a realização de exames regulares para diagnóstico e rastreio de ISTs são essenciais para detectar infecções em estágios iniciais, evitando a progressão da doença e o risco de complicações graves quando não tratadas. 

O check-up também é importante sempre que iniciar um novo relacionamento, pois trata-se de uma maneira responsável de proteger a si mesmo e aos respectivos parceiros sexuais.

A demora no diagnóstico também pode contribuir na disseminação da infecção para parceiros sexuais, já que muitas ISTs são contagiosas mesmo antes do surgimento de sintomas evidentes. Ao realizar os exames rapidamente, é possível também reduzir o risco de transmissão a outras pessoas.

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Exames e vacinas: Target Medicina de Precisão!

Como vimos ao longo do artigo, o diagnóstico das ISTs deve ser realizado o quanto antes, para que o tratamento adequado seja logo iniciado, evitando assim o risco de transmissão e de complicações graves.

Os exames de biologia molecular têm sido hoje a escolha mais rápida e precisa para diagnóstico de diversas dessas infecções. Nesse contexto, se destacam os painéis moleculares baseados na reação em cadeia da polimerase em tempo real (PCR), que permitem a detecção simultânea e rápida de múltiplos patógenos em uma única amostra ou os exames isolados, usados para investigação de um tipo de patógeno por vez..

Esses exames possuem alta sensibilidade e especificidade, o que permite uma detecção precisa mesmo no início da infecção, provendo um diagnóstico altamente confiável. Além disso, fornecem resultados  em poucas horas, o que é fundamental para que o tratamento mais adequado seja iniciado o mais rapidamente possível, de forma direcionada e eficaz.

A Target Medicina de Precisão é referência em vacinas e em Biologia Molecular no estado de Minas Gerais. Oferecemos uma ampla gama de exames  para o diagnóstico de infecções, além de diversas vacinas (como as já citadas para HPV e hepatite B), apoiando hospitais, médicos e pacientes na busca por diagnósticos precisos e confiáveis.

Conheça os exames para infecções sexualmente transmissíveis oferecidos pela Target Medicina de Precisão:

Painel Molecular Ampliado para Infecções Sexualmente Transmissíveis

Painel Molecular para Clamídia e Gonorreia

Vírus da Imunodeficiência humana 1 (HIV), PCR Qualitativo e Quantitativo

Vírus da Hepatite B, PCR Qualitativo e Quantitativo

Vírus da Hepatite C, PCR Qualitativo e Quantitativo

Vírus HTLV 1 e 2, PCR Qualitativo

Monkeypox vírus, PCR Qualitativo

Herpes simplex tipos 1 e 2, PCR Qualitativo

Contamos com um time de profissionais especializados e dedicados a prestar sempre o melhor atendimento para você.

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(031) 2531-2200
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ISTs no Brasil: o que fazer para se proteger e tratar?

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Revisão: v2 (31/05/2022)