Por Kelrim Fernandes Vieira Neto
São muitas as diferenças entre as vacinas das redes pública e privada de vacinação, e o acesso à informação é a melhor ferramenta para que todos tenham a opção de fazer a melhor escolha, de acordo com as prioridades e possibilidades de cada um.
Para nossa comparação, traremos ao longo deste artigo algumas das vacinas mais importantes em nosso país. Confira!
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Comparação entre vacinas das redes pública e privada
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1. DTPw (Tríplice Bacteriana infantil) e Pentavalente de células inteiras frente às vacinas DTPa/dTpa (Tríplice Bacteriana infantil/adulto) e Pentavalente/Hexavalente acelular
Pelo SUS estão disponíveis vacinas nas quais são utilizadas células inteiras inativadas do componente pertussis (coqueluche), enquanto na rede privada são oferecidas vacinas onde o componente pertussis é acelular ou proteico.
👉 A vantagem das vacinas acelulares é que as reações sejam menos frequentes.
Além disso, nas vacinas combinadas Pentavalente/Hexavalente acelular, a poliomielite faz parte da composição das vacinas, diferentemente da rede pública, em que a vacina injetável da poliomielite (VIP) é aplicada separadamente da Pentavalente de células inteiras.
👉 Isso faz com que seja necessário dar uma picada de agulha a mais nos bebês vacinados no SUS.
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2. Rotavírus Monovalente x Rotavírus Pentavalente
A vacina do SUS confere proteção contra um tipo de rotavírus (monovalente) e é ministrada em duas doses (aos 2 e aos 4 meses).
Já a vacina da rede privada, por sua vez, confere proteção contra 5 tipos de rotavírus (pentavalente), sendo aplicada em três doses (aos 2, 4 e 6 meses), idealmente.
👉 Dessa forma, os bebês vacinados na rede privada ficam mais protegidos contra doenças diarreicas agudas.
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3. Pneumocócica 10-valente X Pneumocócica 13-valente
Na rede pública temos a disponibilidade da vacina Pneumocócica 10-valente, que protege contra 10 tipos de pneumococos e é aplicada geralmente em duas doses (aos 2 e 4 meses), seguidas de reforço (aos 12 meses).
Já na rede privada, por outro lado, é oferecida a vacina Pneumocócica 13-valente, que é aplicada em três doses (aos 2, 4 e 6 meses) seguidas de reforço (entre 12–15 meses).
O número de doses varia de acordo com a idade em que está sendo iniciado o esquema vacinal.
👉 O esquema ampliado sugerido pela SBIm – e adotado pelas redes privadas – oferece maior taxa de proteção (esquema com 3 doses + reforço) e maior amplitude de proteção (13 cepas de pneumococo).
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4. Meningocócica C x Meningocócica ACWY e Meningocócica B
A meningocócica C é disponibilizada no SUS em duas doses (aos 3 e 5 meses) + reforço (aos 12 meses). Mais recentemente a rede pública passou a disponibilizar a vacina meningocócica ACWY, como reforço em adolescentes com idade entre 11 e 14 anos.
Já a rede privada trabalha com duas vacinas meningocócicas, o que possibilita uma proteção mais ampla contra as doenças meningocócicas, sendo elas:
- – Meningocócicas B e Meningocócicas ACWY, aplicadas geralmente em duas doses (aos 3 e 5 meses) + reforço (entre 12 – 15 meses).
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5. Hepatite A
A vacina para hepatite A é aplicada na rede pública como dose única (aos 15 meses).
Já a rede privada segue orientação da SBIm, indicando a aplicação da vacina em duas doses, com intervalo de 6 meses entre as doses, como forma de aumentar a taxa de resposta à vacina.
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6. Varicela (catapora)
A vacina para varicela é oferecida tanto na rede pública quanto na privada, em duas doses. O que difere é a recomendação do esquema de doses.
Na rede pública, aplica-se a primeira dose aos 15 meses de idade, e a segunda dose entre 4 e 6 anos de idade.
Já na rede privada, recomenda-se a aplicação das duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas, a partir dos 12 meses de idade.
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7. HPV
A rede pública oferece duas doses da vacina contra o HPV, para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Já na rede privada, a vacina de HPV é oferecida para todas as pessoas entre 9 e 45 anos. O número de doses varia de acordo com a idade de quem está iniciando o esquema vacinal.
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8. Influenza Trivalente X Influenza Quadrivalente
Em ambos os serviços, a vacina da gripe é atualizada anualmente, com as cepas virais de maior circulação no ano anterior.
Vacinas ofertadas na rede pública apresentam cobertura contra 3 cepas do vírus (vacina trivalente – sendo duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B).
Já as vacinas ofertadas na rede privada são quadrivalentes (duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B), oferecendo proteção mais ampla contra 4 cepas virais. Além disso, após a distribuição das vacinas, as clínicas particulares realizam a aplicação em todas as faixas etárias superiores a 6 meses de idade, diferentemente dos postos de saúde, que realizam campanhas por faixa etária e risco de adoecimento.
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9. Herpes Zóster
Disponível somente na rede privada, oferece proteção contra a ocorrência e as complicações dessa doença, que é mais frequente com envelhecimento, principalmente após 60 anos de idade.
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Atendimento diferenciado: cuidado individualizado e maior controle de qualidade!
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Outro ponto importante que, muitas vezes, diferencia o cuidado oferecido nas redes privada e pública é a qualidade do atendimento.
Profissionais que atuam na rede privada de vacinação são constantemente atualizados, visando oferecer atendimento individualizado e humanizado, melhorando a experiência vivida durante a vacinação.
Além disso, as vacinas da rede privada são apresentadas de forma individual (não são usados frascos multidoses, comuns na rede pública), o que diminui a manipulação do produto, variação de temperatura e minimiza a possibilidade de erros de aplicação.
Referências:
- BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Imunização. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao. Acesso em: 09/02/2023.
- SBIm. Sociedade Brasileira de Imunização. Calendários de Vacinação. Disponível em: https://sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao. Acesso em: 09/02/2023.
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