8 termos de medicina de precisão para entender mais do assunto!

A medicina de precisão é uma abordagem médica que vem ganhando cada vez mais adeptos entre profissionais e instituições de saúde. 

Isso porque essa vertente coloca seu foco na individualidade do paciente ao utilizar técnicas avançadas para obter informações genéticas do indivíduo e assim fomentar diagnósticos mais precisos, prevenção de doenças e tratamentos assertivos.

Neste artigo, você vai conhecer alguns termos de medicina de precisão para entender mais do assunto.

Acompanhe!

Por que a medicina de precisão pode mudar o futuro da medicina?

A medicina de precisão é uma abordagem médica inovadora que tem como objetivo personalizar o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de diversas doenças. Ao analisar o perfil genético dos pacientes e dos microrganismos, essa vertente médica busca oferecer abordagens mais assertivas e eficientes. 

Diferente do termo anteriormente utilizado, “medicina personalizada”, que dava a entender que cada tratamento seria sempre único e exclusivo para cada indivíduo, a Medicina de Precisão adota uma abordagem mais abrangente. Ela busca agrupar os indivíduos com base em variáveis genéticas e ambientais semelhantes, o que permite a entrega de tratamentos e métodos de prevenção  que sejam ao mesmo tempo eficazes e sustentáveis, atendendo a um maior número de pessoas. 

No Brasil, técnicas avançadas de biologia molecular e genômica vêm sendo incorporadas progressivamente à pesquisa médica, à epidemiologia e à prática clínica, especialmente na oncologia. Embora a medicina de precisão já tenha causado impactos positivos na medicina, há um consenso que essas melhorias ainda estão em um estágio inicial em vista do que ainda pode ser alcançado, pois os investimentos públicos e privados nessa área ainda são muito recentes, se concentrando principalmente na última década. 

Alguns fatores podem explicar porque a medicina de precisão pode revolucionar a saúde nos próximos anos:

Prevenção de doenças 

Uma das vertentes da medicina de precisão é a previsão do desenvolvimento de doenças ao longo da vida do indivíduo. Com a utilização de técnicas como o sequenciamento genético, torna-se possível detectar mutações que predisponham a determinadas patologias, como alguns tipos de cânceres, doenças autoimunes e degenerativas. 

Com isso, é possível implementar estratégias personalizadas, como mudanças no estilo de vida, cuidados adicionais e acompanhamento médico contínuo.

Diagnósticos mais precisos

A medicina de precisão alia as informações que convencionalmente são obtidas para a realização dos diagnósticos (como exame clínico e análise do histórico médico e familiar) com metodologias avançadas de biologia molecular e genômica, que permitem identificar com grande especificidade e sensibilidade as causa de doenças, mesmo quando essas estão em estágios mais iniciais.  

Personalização do tratamento

Com a medicina de precisão, os médicos podem oferecer cuidados personalizados e adequados às necessidades de cada paciente, com base em suas características genéticas, fatores ambientais e de estilo de vida. Os tratamentos tendem a ser mais eficazes, com melhores resultados clínicos e menos efeitos colaterais. 

Um dos exemplos do uso da medicina de precisão no tratamento de doenças é a terapia celular, que envolve a introdução de diferentes tipos celulares no organismo do indivíduo, para que essas realizem funções específicas. No caso do tratamento contra o câncer, já existem modalidades em que células do próprio paciente são modificadas em laboratório para que passem a combater o tumor, e depois são inseridas novamente no organismo. 

>>> Veja também: Como a medicina de precisão está revolucionando o tratamento de doenças

Avanços tecnológicos

Da mesma forma que a Medicina de Precisão necessita de tecnologias avançadas para ser colocada em prática, também pode fomentar a criação de novas tecnologias. À medida em que instituições públicas e privadas enxergam o potencial que ela tem para a melhoria da gestão em saúde, mais investimentos são feitos em inovação e modernização nessa área.  

Entre os anos de 2014 e 2016, os Estados Unidos, o Reino Unido e a China lançaram programas de investimento em medicina de precisão, com aportes financeiros bilionários. No Brasil ainda não se tem iniciativas públicas com grande orçamento para fomentar essa modalidade, mas é possível encontrá-las aplicadas em grandes centros privados.

>>> Veja também – Painéis moleculares: o que são e para que servem?

Termos de medicina de precisão para entender mais do assunto!

1. Customização

O termo customização, na perspectiva da medicina de precisão, refere-se à identificação – com base nas características individuais dos pacientes, como fatores genéticos – de quais modalidades de tratamentos e diagnósticos são as mais adequadas naquele caso específico.

Porém, é importante ressaltar que essa individualidade não significa, necessariamente, que será elaborado um tratamento diferente para cada pessoa. Afinal, é possível adaptar uma conduta terapêutica já existente de modo que atenda às demandas do paciente.

A customização também pode ser aplicada para a prevenção de doenças, já que as informações genéticas do paciente permitem a identificação precoce de possíveis riscos. Assim, pode-se implementar estratégias preventivas para evitar o desenvolvimento de enfermidades.

2. Estratificação

A estratificação na medicina de precisão consiste em dividir os indivíduos em grupos, de acordo com a sua susceptibilidade a determinadas doenças e características genéticas, clínicas e de estilo de vida, concentrando as ações de prevenção e intervenção naqueles que podem ser beneficiados.

Essa estratégia permite uma abordagem mais específica para o cuidado médico permitindo a adoção de tratamentos com maior probabilidade de eficácia, considerando os aspectos únicos de cada grupo. Além disso, permite uma melhor gestão de recursos, pois eles podem ser alocados para os pacientes que de fato serão beneficiados por ele. 

3. Especificidade

Especificidade, na medicina de precisão, é a acurácia do resultado obtido. Ou seja, a medida de quanto um teste ou abordagem médica apresenta resultados verdadeiros. Além disso, a especificidade se relaciona também à distinção correta de quais pacientes possuem determinadas características ou condições de saúde.

Quanto maior for a especificidade de um teste, maiores são as chances de um resultado ser, de fato, aquilo que está registrado. Dessa forma, a alta especificidade na medicina de precisão é fundamental, pois evita diagnósticos imprecisos ou com falsos positivos e garante que os tratamentos sejam aplicados assertivamente.

4. Sensibilidade

A sensibilidade, quando aplicada ao diagnóstico, refere-se à capacidade de um teste detectar corretamente a presença de um alvo específico em uma amostra clínica, seja ele uma determinada mutação genética, um biomarcador associado a alguma patologia, o material genético de algum microrganismo, dentre outros. 

Dessa forma, quanto mais sensível um exame for, mais ele é capaz de detectar quantidades mínimas daquilo que está sendo buscado, evitando diagnósticos com resultados falsos negativos.

>>> Saiba mais – Por que priorizar a PCR para o diagnóstico de HPV

5. Testes genéticos

Testes genéticos são análises laboratoriais cujo objetivo é detectar e avaliar informações genéticas específicas presentes no DNA, utilizando técnicas avançadas de biologia molecular. Podem ser realizados através de diversos tipos de amostra, como sangue e saliva.

Na medicina de precisão, esses testes são usados para obter informações detalhadas sobre o perfil genético do paciente e identificar possíveis alterações associadas a doenças ou outras condições médicas. Da mesma forma, os testes avaliam o risco genético de uma pessoa para certas doenças e contribuem para a prevenção e detecção precoce dessas enfermidades.

No caso da oncologia, os testes genéticos já são uma realidade para um número maior de pessoas. Exames que detectam mutações ligadas ao câncer de mama já foram amplamente estudados e são de grande utilidade para mulheres com histórico familiar da doença. Outro exemplo são testes moleculares que detectam alterações nos cromossomos 9 e 22,  que geram o chamado “cromossomo Philadelphia”, conferindo maior chance de desenvolvimento de leucemias.

6. Farmacogenética

A farmacogenética é a área que estuda como  os genes de um paciente afetam sua capacidade de resposta a certos medicamentos, considerando que pessoas podem reagir de forma diferente à uma mesma terapia. 

O objetivo principal deste estudo é personalizar e potencializar a eficácia do tratamento farmacológico, permitindo aos médicos fazerem melhores escolhas de medicamentos e melhor ajuste de dosagens, resultando em resultados mais eficazes e menos efeitos colaterais.

7. Sequenciamento

O sequenciamento genético é a técnica que permite determinar a sequência de nucleotídeos que formam as moléculas de DNA ou RNA, fornecendo uma visão detalhada da informação genética que elas contém. 

Quando aplicada à medicina de precisão, o sequenciamento se torna uma importante ferramenta para identificar, diagnosticar e desenvolver tratamentos para doenças genéticas. Além disso, quando envolve o estudo de microrganismos causadores de doenças (patógenos) contribui para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas. Essa aplicação ficou muito evidente durante a pandemia de COVID19, em que o sequenciamento genético permitiu a detecção das variantes do vírus SARS-CoV-2 e a elaboração de imunizantes específicos. 

8. Os sufixos “oma” e “ômica”

Muitos termos referentes à Medicina de Precisão apresentam o sufixo “oma”, que significa “conjunto de”. Portanto, quando palavras como “genoma”, “proteoma” e “microbioma” são usadas, elas estão designando a totalidade de genes, proteínas e microrganismos, respectivamente, em um determinado organismo ou ecossistema. 

Recentemente criou-se o termo ciências ômicas”, que refere-se às especialidades que estudam justamente esses conjuntos de fatores. Dessa forma, “genômica”, transcriptômica”, “proteômica” e “metabolômica” estudam, respectivamente, o conjunto de genes de um organismo, o RNA transcrito a partir desses genes, as proteínas codificadas a partir do RNA e as moléculas (metabólitos) que se formam por esse processo. 


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