A importância da medicina de precisão na oncologia

A oncologia é uma especialidade médica  que trabalha no diagnóstico e tratamento do câncer. Sendo essa uma patologia complexa, diversa, crônico-degenerativa e de alto risco,  este é um ramo da medicina que está em constante aprimoramento e que mobiliza grande esforço para desenvolvimento tecnológico na busca pela excelência do serviço médico.

O crescimento da medicina de precisão tem sido um dos grandes avanços na luta contra o câncer. Neste artigo, você vai entender a importância e benefícios que a customização do atendimento traz para os tratamentos e diagnósticos dessa doença.

Acompanhe!

Os desafios da oncologia para a medicina

A oncologia é a área da medicina que se dedica ao estudo e ao tratamento do câncer, doença caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado de células no corpo, que podem se espalhar para outras partes do organismo e prejudicar a função normal de órgãos e tecidos.

Entre os focos de atuação da especialidade estão a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de diversos tipos de tumores. Em cada esfera da oncologia múltiplas estratégias são empregadas para garantir melhor qualidade de vida ao paciente.

A prevenção consiste em identificar fatores de risco e promover hábitos saudáveis para reduzir a incidência de câncer, além de incentivar a realização de exames de rastreamento em pessoas assintomáticas, como mamografias e colonoscopias, para detecção precoce da doença.

Ainda com intenção profilática, os testes genéticos auxiliam na investigação e compreensão da predisposição genética ao câncer.

Já o diagnóstico inclui a realização de exames de imagem, bem como análises laboratoriais, entre eles biópsias e exames de sangue. Atualmente é possível dar maior precisão ao diagnóstico com a prescrição de testes genéticos nos casos que se suspeita de câncer hereditário. 

Com o tratamento não é diferente e várias abordagens terapêuticas podem ser necessárias, devido à complexidade da patologia. Os principais tipos de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, transplantes de órgãos e tecidos, terapias-alvo, entre outras. E a condução da terapia é feita considerando vários fatores.

Entre esses fatores, podemos citar:

1. Diferentes tipos de câncer e de pacientes

Como dissemos anteriormente, o câncer é uma doença que possui inúmeros tipos e subtipos, cada um deles com características próprias. Em alguns casos, é possível que  áreas diferentes dentro do mesmo tumor possuam atributos genéticos e biológicos distintos. Essas variações dificultam a escolha de tratamentos únicos que possam atender uma porcentagem maior de pacientes.

No mesmo sentido, os pacientes também respondem de maneira única ao tratamento, devido a diferenças genéticas, fisiológicas e até mesmo psicológicas. 

2. Resistência a medicamentos

Outro desafio na oncologia é a resistência de alguns tipos de câncer a tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. Isso ocorre porque com o tempo, o tumor pode sofrer mutações genéticas, fazendo com que as células cancerosas deixem de responder eficientemente ao tratamento inicial. Dessa forma, o câncer pode até regredir durante um período, mas volta a crescer de forma mais agressiva na sequência.

Essa resistência afeta inclusive a estratégia de uso de terapias-alvo, que são projetadas para atacar especificamente as células tumorais. 

3. Diagnóstico tardio

A detecção precoce de um tumor é fundamental para o sucesso no tratamento do câncer, mas é comum que a doença não cause sintomas evidentes em sua fase inicial. Quando o diagnóstico é realizado com a patologia já em estágio avançado pode haver limitação das opções de tratamento e redução das chances de cura. 

4. Efeitos colaterais dos tratamentos

Alguns tratamentos contra o câncer, como as já citadas quimioterapia e a radioterapia, são eficazes para matar as células doentes, mas também podem afetar células saudáveis do organismo e provocar efeitos colaterais agudos, prejudicando de forma intolerável a qualidade de vida dos pacientes.

5. Imunossupressão

Uma grande parte dos pacientes com câncer sofrem de imunossupressão, um quadro em que o sistema imunológico da pessoa enfraquece devido ao tratamento. Como consequência, o organismo se torna mais vulnerável a infecções oportunistas e pode não reconhecer outras células cancerosas como ameaças. Isso faz com que o tratamento precise ser constantemente reavaliado.

6. Metástase

A metástase, processo no qual um tumor secundário se forma a partir de uma lesão cancerosa em outra área do corpo, é um dos maiores desafios na oncologia. Isso porque os novos focos de desenvolvimento de tumores comprometem as funções de outros órgãos e tecidos  e o tratamento dessas lesões é muito mais complexo, requerendo muitas vezes  abordagens terapêuticas adicionais para controlar o avanço da doença.

7. Obstáculos para o acesso ao tratamento

Em um país extenso e multifacetado como o Brasil, o tratamento adequado contra o câncer nem sempre alcança todos os pacientes. Isso acontece por uma série de questões importantes, que incluem logística, custos financeiros e barreiras geográficas.

>>> Saiba mais – A importância dos testes genéticos para o câncer de mama

A importância da medicina de precisão na área da oncologia

A medicina de precisão é uma vertente médica que busca personalizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de diferentes doenças por meio de análises genéticas. Sua base está nas técnicas de Biologia Molecular e Genômica que funcionam coletando essas informações de pacientes em diferentes condições médicas a fim de identificar de forma precisa possíveis causas para doenças de difícil diagnóstico.

Essa abordagem também é capaz de promover a estratificação de pessoas em grupos que compartilhem das mesmas variáveis genéticas e ambientais, agrupando aquelas que apresentam susceptibilidades semelhantes a determinadas patologias e que podem ser beneficiadas pelo mesmo tipo de conduta médica. Isso permite concentrar as ações de prevenção e intervenção em grupos estratégicos, fazendo com que sejam mais assertivas.

Além disso, essa personalização traz consigo duas vantagens essenciais da Medicina de Precisão em relação à medicina convencional: a capacidade de predição e a humanização do cuidado médico.

Predição na Medicina de Precisão

A predição na Medicina de Precisão, ou seja, sua capacidade de prever o risco individual de desenvolvimento de certas enfermidades (como o câncer e até mesmo doenças neurodegenerativas e condições genéticas raras) pela tendência genética, é feita através da análise de DNA, onde mutações relacionadas à  diversas patologias podem ser identificados no genoma antes mesmo que a doença se manifeste no organismo.

Com essas informações, os médicos podem adotar medidas específicas a fim de evitar que o problema se desenvolva. 

Um exemplo disso é a descoberta de uma alteração genética que indica maior risco de desenvolvimento do câncer de mama em uma mulher (BRCA1 ou 2) . Esses dados permitem que o clínico adote uma conduta personalizada e um acompanhamento preventivo diferente do que seria utilizado na população em geral.

Humanização na Medicina de Precisão

Já a humanização promovida pela Medicina de Precisão se dá por um acompanhamento médico mais próximo e atento aos detalhes únicos do organismo de cada pessoa. Isso representa uma diferença importante em relação ao método de tratamento convencional, onde pacientes com condições de saúde semelhantes recebem praticamente os mesmos tipos de intervenções respondendo de maneiras completamente diferentes.

Como exemplo podemos pensar em uma situação em que dois pacientes com diagnóstico de câncer de estômago e mesmo grau de estadiamento recebem exatamente o mesmo protocolo de tratamento. Porém, enquanto um deles tem uma resposta positiva, para o outro o tratamento não atinge a mesma eficácia. Nesses casos, as diferenças nos genes, nas condições ambientais e no estilo de vida de cada um podem explicar os resultados distintos.

Com base nessas informações e nas especificidades individuais, a Medicina de Precisão busca entender o impacto das características genéticas de uma pessoa, assim como compreender como elas contribuem para o desenvolvimento de condições patológicas, a fim de traçar estratégias personalizadas de tratamento que terão maior eficácia e menos efeitos colaterais para o paciente.

>>> Veja também – O que é onco-hematologia?

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